Ícone do site Tribuna de Minas

Gil volta a atrasar salários e Sinttro cobra solução na Justiça

Gil
PUBLICIDADE

Em decisão publicada nessa quinta-feira (8), o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região emitiu liminar que obriga a empresa Goretti Irmãos Ltda. (Gil) a quitar os salários de 600 funcionários referentes ao mês de setembro. A judicialização do caso foi impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Juiz de Fora (Sinttro/JF). Além disso, determina o pagamento no prazo de cinco dias úteis a contar da data da intimação, sob multa diária de R$ 5 mil caso não haja o cumprimento.

O pagamento referente ao mês de setembro venceu na última quarta-feira (7), mas não foi quitado pela empresa. Enquadrada em medida do Governo federal, cabe à Gil o pagamento de parcela salarial de 30% dos funcionários, sendo os 70% restantes de responsabilidade do Estado. “A GIL está tendo um faturamento, mas não está priorizando os trabalhadores. Chega no quinto dia útil e não paga os salários. Isso é um absurdo. Uma afronta a quem trabalhou e quer receber”, reivindica o presidente do Sinttro, Vagner Evangelista.

PUBLICIDADE

Conforme o sindicalista, os funcionários chegaram a receber 25% da parcela salarial de responsabilidade da Gil. “Esses atrasos já vem se arrastando há mais de ano. Além dos salários, há atrasos em benefícios, como tíquete e cesta básica. Agora não dá para segurar mais essas coisas. Ou seja, começou a prejudicar o trabalhador e nós não podemos pagar o pato”, disse Evangelista, também fazendo referência à redução de carga horária e salários a que foram submetidos os funcionários desde o início da pandemia de coronavírus.

PUBLICIDADE

LEIA MAIS

Nova paralisação na GIL não está descartada

O Sinttro segue em alerta com a possibilidade de atraso também no pagamento do ticket alimentação dos funcionários, que vence no sábado (10). Por outro lado, de acordo com o presidente, o sindicato já reivindica na Justiça o retorno no pagamento do plano de saúde, paralisado há cerca de oito meses pela Gil. “Eles estão sem cobertura, não conseguem consultar ou fazer exames”, afirma Evangelista.

PUBLICIDADE

Apesar de priorizar a resolução dos entraves na Justiça, o líder sindical não descarta novas paralisações. “Mas estamos tentando resolver por via judicial para não prejudicar nem o trabalhador e nem a população”, alerta Vagner Evangelista.

Sair da versão mobile