Organizada pelo curso de Pedagogia do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora será realizada, nesta terça-feira (9), a partir das 19h, a “Oficina de Produção de Material Didático para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”. O intuito do evento é reaproveitar materiais do cotidiano, como garrafas pet, cartelas de ovos, caixas de papelão e tampas de maionese, entre outros, para elaborar recursos pedagógicos a fim de ajudar no aprendizado dessa parcela de estudantes.
Apesar de aberta a todos os interessados, a oficina tem como público-alvo professores e professoras das redes públicas, além de futuros docentes. Para se inscrever, basta preencher o formulário disponível por meio deste link. As vagas são limitadas.
A iniciativa foi idealizada pela professora Karla Gabriel, que é mestre em Educação, com ênfase na formação de professores, sobretudo no que diz respeito à educação especial e inclusiva e ao atendimento educacional especializado. “A ideia é abordar, durante a oficina, materiais adaptados e flexibilizados para poder trabalhar com crianças com transtorno do espectro autista. É um material didático e metodológico”, explica Karla. A esperança dela é que “através dos meus exemplos, eles façam junto com os alunos com transtorno do espectro autista, usando materiais reciclados ou que encontram em casa.”
Produzir a partir de coisas simples
Na avaliação da professora, essa é uma oportunidade que deve ser aproveitada por docentes e futuros docentes. “Acho que é muito importante a participação na oficina. A escola, além de ser um local de interação social, também é um espaço de aprendizagem. Esse professor, principalmente da escola pública, quantas vezes com parcos recursos materiais e financeiros, vai ter uma oportunidade para confeccionar, construir esse material, tendo exemplos de boas práticas, de bons usos desses materiais em outros locais.”
Segundo a coordenadora do curso de Pedagogia da Estácio JF, Fran Pires, a oficina já foi realizada em outras ocasiões, mas sempre de forma virtual. Todavia, as edições anteriores eram voltadas exclusivamente para os discentes da instituição. A coordenadora reforça o convite: “Essa oficina é fundamental, principalmente para professores da escola pública, que têm poucos recursos, e eles próprios têm que achar formas de interação com esses alunos para ensinar, a fim de que a escola não seja só um espaço de socialização, mas, principalmente, um lugar de aprendizado”, explica, ressaltando que a proposta é que os participantes aprendam a “produzir a partir de coisas simples, de objetos que possivelmente se tem em casa, de reciclagem, algo que vai ajudar nesse processo de ensino-aprendizagem dos alunos com o TEA.”