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População reclama de falta de ambulâncias nesta sexta-feira

acidente by Natália Arruda
No Santa Terezinha, mulher caiu do veículo de duas rodas que ela conduzia e teria ficado estendida no asfalto por cerca de 40 minutos (Foto: Natália Arruda)
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Relatos de demora no atendimento a pelo menos dois acidentes com moto ocorridos na tarde desta sexta-feira (9) chegaram à Tribuna. Um dos casos aconteceu na Rua Alencar Tristão, próximo ao Cemitério Parque da Saudade, no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste. Uma mulher caiu do veículo de duas rodas que ela conduzia e teria ficado estendida no asfalto por cerca de 40 minutos. O trânsito também ficou tumultuado, e os próprios populares que tentaram prestar auxílio à vítima teriam improvisado cones para sinalizar o local e controlado o tráfego em sistema de Pare e Siga. Já no Bairro Linhares, Zona Leste, uma pessoa também sofreu acidente de moto na Rua Boa Esperança e, segundo uma moradora da via, ficou cerca de uma hora e meia à espera de socorro.

A assessoria de comunicação do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste/Samu) confirmou que esta sexta-feira foi um dia atípico, com muitas ocorrências, como transferências inter-hospitalares e acidentes. Por volta das 16h, por exemplo, somente em Juiz de Fora havia seis Unidades de Suporte Básico (USB) em atendimento, enquanto a Unidade de Suporte Avançado (USA) havia acabado de retornar ao pátio. O consórcio conta com 39 ambulâncias para atender, diariamente, os chamados de emergência de 94 municípios da região Sudeste de Minas Gerais pelo número 192, abrangendo mais de 1,6 milhão habitantes.

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Sobre a situação da Rua Paracatu, a assessoria disse que o acidente aconteceu quando outros várias ocorrências com prioridade estavam em atendimento. “O médico regulador vê primeiro a questão de prioridade. Essa vítima não havia perdido a consciência e estava lúcida. Não tinha ambulância disponível naquele momento, mas logo em seguida, quando a equipe já estava em deslocamento, houve uma ligação do local recusando o atendimento.”

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Ainda conforme a assessoria, a questão de demora é subjetiva. “Para quem está aguardando, cinco ou dez minutos é uma eternidade. Mas, por exemplo, temos uma ambulância na região Nordeste que fica no Hospital Ana Nery (Grama). Então o deslocamento pode ficar distante.” Devido ao dia atribulado, a assessoria não conseguiu detalhar o ocorrido com o chamado do Linhares.

Matéria publicada pela Tribuna no dia 16 de julho mostrou que das cerca de mil ligações recebidas por dia pelo Samu, 98 são trotes, média de uma a cada 15 minutos. A situação pode comprometer os atendimentos realmente necessários e custar vidas. Dos 205.025 telefonemas recebidos no primeiro semestre do ano passado, 35.426 foram trotes, totalizando 17% das ocorrências. Já no mesmo período de 2019, houve queda: foram 180.307 chamadas de emergência, das quais 17.792, quase 10%, foram caracterizadas como falsas. A redução é creditada às ações de conscientização destinadas principalmente ao público infantil.

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