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Comerciante suspeito de matar jovem no Santo Antônio se apresenta à polícia

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O comerciante de 41 anos suspeito de matar com um tiro no rosto uma jovem, 21, dentro de sua própria mercearia, na noite da última sexta-feira, se apresentou nesta terça (8) na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no Bairro Jardim Glória, na região central de Juiz de Fora. Segundo a delegada responsável pelo caso, Ione Barbosa, o homem chegou à tarde acompanhado de dois advogados e da esposa. O casal prestou depoimento durante cerca de quatro horas, e o suspeito foi liberado, já que não estava mais em situação de flagrante. Pela manhã a delegada já havia ouvido seis testemunhas do caso. O conteúdo das declarações não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.

O crime ocorreu no Bairro Santo Antônio, Zona Sudeste. Por volta das 22h, Cíntia Scaldini Aleixo Alves foi encontrada caída na Rua dos Vencedores com o rosto ensanguentado. Conforme Ione, o caso é tratado como feminicídio, pois está ligado ao simples fato de a vítima ser mulher, em um contexto de menosprezo e de relação extraconjugal. A Lei 13.104/2015 alterou o artigo 121 do Código Penal e transformou em crime hediondo o assassinato de mulheres no contexto da violência doméstica e familiar ou quando há menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Enquanto o homicídio simples prevê pena de seis a 12 anos de reclusão, o feminicídio tem pena que varia de 12 a 30 anos.

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As investigações prosseguem, e outras pessoas deverão ser ouvidas nos próximos dias. “Estamos investigando, levantando mais indícios e provas”, disse a delegada. Ione acrescentou que está aguardando os laudos de necropsia e de levantamento do local do fato para confrontar com as demais evidências. “Vamos dar um resposta o mais rápido possível.”

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A mulher do suposto atirador foi quem acionou a Polícia Militar no dia do crime. A solicitante disse aos policiais que estava em casa com sua filha, quando ouviu um disparo. Em seguida, o marido chegou na residência, que fica em frente à mercearia, revelando ter atirado contra Cíntia, com quem já teria tido um relacionamento extraconjugal. Ele acrescentou que sua vida havia acabado e que iria fugir. A esposa disse à PM acreditar que a relação de seu marido com a jovem já havia acabado, mas o celular da vítima foi entregue à polícia para ser periciado, já que os dois teriam mantido conversas inclusive até pouco antes de ela ser morta.

Após o assassinato da jovem no interior do estabelecimento, o corpo dela teria sido arrastado por cerca de três metros até a via pública. A vítima foi alvejada próximo ao nariz. O revólver calibre 32 utilizado no crime foi achado em cima de um freezer na mercearia, com uma munição deflagrada e cinco intactas.

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