Um adolescente de 17 anos foi apreendido, na manhã desta terça-feira (9), pela Delegacia de Homicídios, por suspeita de envolvimento na execução de Pablo Ferreira da Silva, 17 anos, encontrado morto no dia 27 de maio em uma trilha que dá acesso à Estrada Elias José Mockdeci, no Bairro Náutico, Zona Norte. Na época do crime, o suspeito estava acautelado no Centro Socioeducativo por causa do assassinato de uma mulher, 31, ocorrido em janeiro no Parque das Torres, na mesma região. O delegado Carlos Eduardo Rodrigues acredita que, mesmo de dentro da unidade, o jovem teve participação indireta no homicídio, já que a vítima era testemunha da morte da mulher morta no início do ano. Ainda nesta terça, outros dois adolescentes prestaram depoimento relacionado ao caso, mas negaram envolvimento e foram liberados.
Contra o suspeito capturado havia mandado de apreensão expedido pela Justiça e ele retornou ao Centro Socioeducativo, de onde havia sido liberado há poucos dias. O delegado continua as diligências para identificar os executores de Pablo, que teria sido morto a tiros. O corpo já estava em estado de decomposição, mas foi reconhecido por um primo, 30, que relatou que o adolescente estava desaparecido há três dias. A família já havia registrado ocorrência do desaparecimento.
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O suspeito apreendido teria atirado contra Priscila Santana Irotica da Costa. Ela foi alvejada no peito, abdômen, costas e pé direito no dia 14 de janeiro e faleceu no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ) no dia 8 de fevereiro. Ainda consciente, Priscila informou à PM que três adolescentes teriam feitos os disparos, mas não soube dizer a motivação do crime. Na ocasião, os suspeitos, com idades entre 14 e 17 anos, foram apreendidos.
Homicídio em Valadares
Também nesta terça, o delegado Carlos Eduardo ouviu um homem, 39, que confessou envolvimento na morte de João Batista da Silva, 40, encontrado sem vida com sinais de agressão, no dia 31 de maio, em um sítio em Valadares, Zona Norte. “A vítima e o suspeito estavam bebendo juntos durante o dia todo. O homem disse que eram amigos há mais de 30 anos, mas não se recorda do que aconteceu. Só lembra de ter começado uma briga e de ter empurrado a vítima, que havia partido para cima dele. No dia seguinte quando acordou deu por falta de seus documentos, retornou ao local e viu o amigo morto”, contou o delegado. Segundo ele, a suspeita é de que João Batista foi atingido com um golpe de telha na cabeça. Ele morreu em decorrência de um corte contuso na mesma região. O inquérito deverá ser fechado nos próximos dias, após a conclusão dos laudos periciais e de necropsia.