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Ambulantes do Calçadão protestam no Centro

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Protesto ocorre na Av. Rio Branco na manhã desta quarta-feira (Foto: Gabriel Silva)
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Um grupo de ambulantes protestou, na manhã desta quarta-feira (8), contra a retirada de vendedores do Calçadão da Rua Halfeld. O ato aconteceu na altura do número 1843 da Avenida Rio Branco, no Centro, entre 8h e 10h. Segundo representantes dos vendedores, na tarde de terça-feira (7), agentes da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informaram que, a partir desta quarta, os camelôs deveriam sair do local, que seria ocupado por uma nova feira solidária. A manifestação foi encerrada quando representantes da PJF comunicaram a permissão para que os vendedores continuassem no Calçadão até a realização de uma reunião, marcada para a tarde de quinta-feira (9).

O protesto começou logo no início da manhã desta quarta, quando um grupo de cerca de 60 pessoas ocupou uma das faixas da Avenida Rio Branco, em frente ao prédio onde fica localizada a sede da Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur). Os ambulantes, com faixas e equipamentos sonoros, reivindicavam diálogo com algum representante da Prefeitura.

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Nem mesmo a chuva dispersou os vendedores, que foram observados de perto por policiais militares e integrantes da Guarda Municipal. Em um momento de maior tensão, um dos protestantes estourou uma bomba próximo ao local do protesto, o que despertou reação dos policiais. Logo, no entanto, o protesto voltou a ser pacífico, com gritos de ordem e críticas contínuas dos ambulantes.

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“Se nós, camelôs, não podemos ficar no calçadão, por que pode uma feira solidária?. Faltando 15 dias para o Natal, não nos deram nenhuma alternativa”, afirma Eliana Maria, uma das manifestantes.

A retirada dos vendedores em data próxima às festas de final de ano, período propício para as vendas, foi uma constante entre as reclamações. “Em um dia de chuva, como hoje, eles querem que a gente venda na Praça (do Riachuelo). Para quem nós vamos vender na praça?”, questiona Juliano Dias, outro manifestante que intermediou as negociações do grupo com representantes da Prefeitura.

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Na terça-feira, agentes da PJF já haviam anunciado uma reunião com representantes dos ambulantes para a quinta-feira, no período da tarde, mas com a retirada dos vendedores já a partir desta quarta. Para encerrar a manifestação, o executivo municipal propôs a liberação das vendas no Calçadão até a realização da reunião de quinta-feira, marcada para as 13h30, na sede da Prefeitura.

A proposta despertou reações diversas entre os protestantes. Alguns quiseram aceitar a proposição e encerrar a manifestação, enquanto outros queriam continuar o protesto e tentar adiantar para esta quarta a conversa com a Prefeitura. Depois de alguns minutos de discussão entre os manifestantes, saíram vencedores os que optaram por terminar o protesto.

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Ambulantes da Marechal também serão retirados

Durante o protesto, um representante da pasta municipal informou à Tribuna que a intenção da PJF é alocar os ambulantes na Praça do Riachuelo, local em que foram colocados os comerciantes retirados dos pontos da Avenida Getúlio Vargas. Ainda é necessária uma análise para confirmar a viabilidade da instalação de todos os camelôs no local, mas levantamento preliminar apontou a existência de espaço suficiente.

Em contato com a Tribuna também durante a manhã, a Prefeitura informou que os ambulantes que atuam no Calçadão e na Rua Marechal, no Centro, passarão pelo mesmo processo que aqueles que atuavam na Avenida Getúlio Vargas. Os trabalhadores, até então irregulares, terão a chance de regularizar os postos de trabalho, mas terão que ir para a Praça do Riachuelo.

“A Prefeitura está em diálogo com os comerciantes populares irregulares do Centro desde o começo da gestão para iniciar o processo de formalização do trabalho. O objetivo é garantir que os trabalhadores irregulares tenham a oportunidade de exercer a atividade de maneira formal, já que eles não possuíam autorização para ocupar nenhuma via do Centro”, afirma, por nota, o executivo municipal, lembrando a criação da Sala do Empreendedor Popular para a formalização dos trabalhadores. “No espaço, foram orientados sobre o processo e assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que estabelece o compromisso dos trabalhadores com o Executivo até o licenciamento oficial, que só será possível quando for aprovada uma nova legislação. O texto proposto pelo Executivo já está em discussão na Câmara dos Vereadores”, informa.

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