A médica juiz-forana, 34, condenada a seis anos de reclusão por mandar cortar o pênis do ex-noivo, em março de 2012, teve o benefício de saída para trabalho externo suspenso. A decisão foi tomada na última sexta-feira (5), pelo Juiz da Vara de Execuções Criminais de Belo Horizonte, Marcelo Augusto Lucas Pereira, após entender que a mulher não estaria cumprindo os compromissos no trabalho e teria tentado “ludibriar” a Justiça.
De acordo com o documento do Poder Judiciário de Minas Gerais, em junho deste ano a médica requereu concessão do direito de trabalho externo, apresentando a carta de proposta de emprego ofertada pelo Instituto Infantil Nosso Filho. Porém, no primeiro dia de trabalho ela teria sido dispensada. No dia 4 de agosto ela teria começado a clinicar no Programa de Saúde da Família na Prefeitura de Ibirité, e a defesa entrou apresentou petição pedindo alteração do trabalho externo. No entanto, o magistrado entendeu que “a apenada não merece qualquer tipo de crédito”.
Na decisão, o juiz entendeu que a médica “não demonstra comprometimento e vem desvirtuando o instituto, mesmo porque ao que tudo indica, tentou ludibriar o juízo, uma vez que, ao ser dispensada pelo empregador, já no primeiro dia de labor, não comunicou a este Juiz, nem mesmo à autoridade custodiante a respeito da situação”.
Além disso, segundo o juiz da Vara de Execuções Criminais, ela permaneceu saindo diariamente do Presídio, como se estivesse trabalhando, “evidenciando irresponsabilidade com os seus deveres”. Além disto, o juiz ressaltou que ela não pleiteou nem comunicou a mudança de trabalho.
Conforme o texto da decisão da Justiça, na comunicação interna feita pelo atual empregador, levado pela própria médica, atesta-se que “ela não estaria cumprindo corretamente o seu horário de trabalho, gerando transtornos no atendimento dos pacientes”. Diante dos fatos, o benefício da mulher foi suspenso, inclusive suas saídas da unidade prisional. A médica continua detida na Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte .