Juiz de Fora registrou 337 novas notificações de casos prováveis de dengue na última semana, atingindo a marca de 14.184 casos apenas neste ano. Com 23 mortes confirmadas, o município viveu a sua pior epidemia da doença. Com a entrada do frio, as notificações vêm reduzindo, mas a população não pode abandonar o cuidado, já que os ovos do Aedes aegypti podem resistir a até 450 dias de seca, segundo estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O período corresponde a até 15 meses, assim, os ovos, se não forem removidos, podem eclodir quando retornar o período chuvoso e quente, propício para a infestação do mosquito. Além da dengue, o vetor transmite a chikungunya, o zika vírus e a febre amarela.
Nesta quarta-feira (8), o Exército se retirou das ações de combate ao Aedes, que realizava em parceria com a Prefeitura. No início das atividades, em janeiro, ficou acordado que militares atuariam até abril. No entanto, houve uma reavaliação da Vigilância em Saúde que identificou a necessidade de atuação da corporação por mais dois meses, cujo período foi encerrado hoje. Conforme a Secretária de Saúde, “as atividades do período de maior incidência foram concluídas, pois os números de casos de dengue estão em declínio. No entanto, é preciso que a população continue eliminando os possíveis focos do mosquito nas residências, tirando os dez minutos por semana para olhar seus imóveis e acabar com água parada.” A assessoria da pasta ainda ressaltou que as ações de prevenção contra o Aedes aegypti são realizadas durante todo o ano com a atuação dos agentes de endemias em vistorias aos imóveis, realização de tratamento focal, atendimento a denúncias e ações de conscientização.
No Estado, foram confirmadas 105 mortes, sendo que a maioria dos pacientes (79%) apresentavam comorbidades e 48,5% estavam na faixa etária acima de 65 anos. Na região, as cidades de Além Paraíba e Bicas registram dois óbitos cada. Já Cataguases, Dona Euzébia, Espera Feliz, Estrela Dalva, Morada Nova de Minas, Recreio, Santana de Cataguases, Santo Antônio do Aventureiro e São João Nepomuceno contabilizaram uma morte cada este ano. Outros 192 óbitos suspeitos de dengue estão em investigação. Neste ano, 490.474 pessoas em Minas Gerais contraíram a doença.