Teve início nesta segunda-feira (8) a edição de 2023 da Semana Municipal da Pessoa Idosa. A programação é gratuita, com a maior parte realizada na Câmara Municipal, e se encerra na próxima sexta (12). Conforme o gerontólogo e integrante da comissão organizadora da Semana, José Anisio Pitico da Silva, o intuito do evento é dar visibilidade a essa parcela da população.
“Em Juiz de Fora, extraoficialmente, há mais de cem mil habitantes na faixa de 60 anos”, projeta Pitico. “Mesmo assim, eles ainda não têm atenção histórica e pública. Em síntese, queremos sensibilizar e educar a cidade para que haja envolvimento cada vez maior em relação a essa questão, que é de todos, para melhorar as condições de vida da população idosa e, assim, garantir um envelhecimento ativo, autônomo e participativo, eliminando preconceitos e discriminações.”
Pitico ainda explica que a participação não tem pré-requisito ou taxas. “É um evento público e de participação social. Não apenas para as pessoas idosas, mas para todos – que vão envelhecer. É só chegar, participar e desfrutar desses momentos de reflexão e lazer. A expectativa de público é que tenhamos profissionais e também as pessoas idosas que já participam dos diversos e bons programas que a cidade oferece. Acredito em uma flutuação de 400 a 500 pessoas durante a semana”, estima.
Painéis
No evento, o destaque fica para a programação de quarta-feira (10): a partir das 14h, vão ser apresentados três painéis com palestrantes. No primeiro, o tema de abordagem é o crédito consignado e os riscos de superendividamento na terceira idade; no segundo, questões de longevidade e bem-estar físico e mental; no terceiro e último, a valorização do papel das pessoas idosas na cidade. Além disso, outras atividades vão ser realizadas.
Sobre a programação, Pitico ressalta os motivos da sua montagem. “Nós tivemos a preocupação de mesclar atividades de lazer, música e cultura com momentos de reflexão, ponderação e problematização de como é envelhecer em Juiz de Fora, sobre o que a cidade oferece para o público-alvo – o que sobra e o que falta – para viver com segurança, atenção e direitos sociais assegurados”, destaca.
Em relação às intenções futuras, o gerontólogo acredita que o evento vai gerar mudanças. “As temáticas abordadas certamente vão contribuir para a elaboração de projetos de leis e incremento de políticas públicas na área da saúde, educação financeira para pessoas idosas e ter o envolvimento da comunidade escolar no setor educacional para que os estudantes tenham uma nova visão e diminuir, assim, o etarismo. Dessa forma, preparar a cidade para a nova faceta mundial, já comprovada em estudos científicos, de envelhecimento da população.”