O titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, informou em entrevista à Rádio CBN na manhã desta sexta-feira (8) que irá pedir um exame de sanidade mental para a mãe e o padrasto suspeitos de espancarem até a morte Luana Silva da Rocha, 2 anos. O delegado afirmou que ainda ontem, uma equipe de investigadores esteve na casa onde vivia a família, no Bairro Granjas Bethânia, e não encontrou nenhum vestígio que apontasse uso de drogas ou álcool. “O que está muito claro é a frieza com que agiram. Em depoimento, afirmaram que deram várias “bicudas” na cabeça da criança, que teve o crânio esfacelado. O casal também disse que não fez uso de qualquer substância antes do crime”, comentou.
Rolli comentou que cinco familiares do casal foram ouvidos ontem. “Todos eles disseram que a mulher sempre negligenciou a criança, que era cuidada desde bebê pelos tios. Há cerca de um mês, o tio, por receio de estar com a criança sem autorização judicial, a entregou para a mãe. Ele estava muito abalado e afirmou que havia entregue Luana para a morte”, disse o delegado, ainda muito comovido com a crueldade do episódio.
Segundo Rodrigo Rolli, também será apurado onde está uma filha do casal, que teria cerca de 2 meses de vida. Conforme ele, após dar a luz, a mulher teria tido complicações e permanecido internada. A expectativa do delegado é que o inquérito seja concluído até a próxima quarta-feira. A dupla segue detida, a mulher na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, e o homem, no Ceresp. Eles estão presos provisoriamente, a expectativa do delegado é que a prisão seja convertida para prisão temporária. A dupla deve ser indiciada por homicídio triplamente qualificado.