A partir desta segunda-feira (11), entram greve os servidores Técnico-Administrativo em Educação (TAEs) dos dois campi da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), bem como do Instituto Federal (IF) dos campi de Juiz de Fora e de Santos Dumont. Os serviços serão interrompidos e não há previsão de prazo para o retorno das atividades.
A informação é do coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sintufejuf), Flávio Sereno, que aponta uma fissura no que tange a reestruturação da carreira dos servidores. Segundo ele, a intenção da manifestação é que o Governo federal “negocie a valorização dos trabalhadores da educação”.
“A greve é para tentar pressionar o Governo para termos uma resposta e conseguirmos negociar. Foi inevitável caminharmos para o movimento. Há um fenômeno muito forte de evasão de TAEs: as pessoas estão entrando e saindo da categoria, pela defasagem salarial de muito tempo e carreira desatualizada (desde 2005). Se conversar com gestores, eles concordam que a pauta é justa, já que ninguém para mais na carreira; a usam de passagem para o setor privado ou outra categoria do serviço público”, afirma Sereno.
De acordo com Sereno, em outubro foi enviada uma proposta dos TAE’s para o Governo e, em fevereiro, um grupo de trabalho para estudar a sugestão foi criado, com o prazo de 30 dias para conclusão dos trabalhos. Contudo, não houve retorno ou proposição de data para uma reunião. Nesse sentido, a greve seria também pela falta de respostas.
“O Governo negocia com servidores públicos do Poder Executivo federal em ‘mesas de negociação’. São duas diferentes: uma com todas as categorias ao mesmo tempo, em que se debate o índice do reajuste salarial para todo o funcionalismo; a outra é específica da nossa carreira de TAE, onde o assunto é a reestruturação do plano de carreira”, explica.
“Fomos o terceiro lugar na plataforma ‘Brasil Participativo’, que o Governo criou para ouvir a sociedade em suas prioridades de investimento. Porém, até o momento, não foi apresentada nenhuma proposta que traduza isso em realidade”, argumenta o coordenador do Sintufejuf.