Moradores do Parque São Pedro, na Cidade Alta, manifestaram preocupação com a água que chega até as torneiras das residências da Rua Waldemar Henrique Pinto. De acordo com o registro feito por uma leitora da Tribuna, os domicílios têm sido abastecidos por um líquido amarelado, em problema que persiste há meses no local e na vizinhança. Os moradores avaliam que a água amarelada estaria, inclusive, causando desconforto intestinal entre a população da região.
O relato conferido à reportagem nesta quarta-feira (8) foi de Marli Silva, moradora da Rua Waldemar Henrique Pinto que já havia registrado reclamação sobre o mesmo problema em meados de 2022.
Estamos com o mesmo problema desde o ano passado. A água fica clara uma, duas ou três semanas, mas depois volta tudo de novo”, conta.
De acordo com a moradora, a população da região tem uma rotina de contatos com a Cesama, dado que a água suja é uma constante. Entretanto, nenhuma solução definitiva para o problema é encontrada pelos agentes da empresa. “A gente liga para a Cesama, eles vêm e abrem o registro, mas não adianta nada. Não deram uma solução para a gente”, critica.
Por conta da insegurança com o abastecimento, Marli afirma que passou a ter cuidados especiais com a água que chega nas torneiras de casa.
A gente ferve a água para colocar no filtro e beber”.
O problema no abastecimento é generalizado na rua, conforme Marli, e passou, nas últimas semanas, a impactar na saúde dos populares. “Todo mundo está com dor de barriga e diarreia”, conta. Na residência da moradora vivem três pessoas, e todas elas tiveram mal estar recentemente, atribuindo o problema à água amarelada, uma vez que vizinhos também relataram desconforto abdominal.
Cesama afirma não ter registrado reclamação sobre qualidade da água
Em nota, a Cesama informou que verificou seus registros e que “não há nenhuma reclamação quanto à qualidade da água para a Rua Waldemar Henrique Pinto, no Parque São Pedro”. A companhia ainda citou que “ampliando a pesquisa para todo o Parque São Pedro, desde 2019, há somente quatro registros quanto à qualidade da água provenientes do mesmo imóvel, na Rua I (prolongamento da rua citada): dois registros em julho/22, um em dezembro/22 e um em março/23. Desta forma, a companhia coletou água da via e realizou uma análise laboratorial na tarde desta quarta-feira. O resultado atende rigorosamente aos parâmetros exigidos na legislação federal. Segue a foto da água coletada nesta data”, diz a nota.
A Cesama afirma, ainda, que a água distribuída pela companhia atende todos parâmetros previstos na Portaria GM/MS n° 888, de 4 de maio de 2021. “As coletas são divididas em rotas, abrangendo todo o sistema de abastecimento de água da cidade, sendo que o monitoramento realizado pela companhia segue as determinações da legislação federal para certificar que a água distribuída esteja dentro do padrão de potabilidade exigido nacionalmente.”