Um jovem, de 19 anos, e um eletricista, 33, foram flagrados pela Polícia Militar enquanto furtavam fios de cobre, na madrugada desta quarta-feira (8), nas imediações de uma residência na Avenida Engenheiro Valdir Pedro Monachesi, no Bairro Aeroporto, Cidade Alta, em Juiz de Fora.
Por meio de informações recebidas pelo Centro de Operações da PM (Copom), de que dois homens teriam estacionado um carro próximo a um poste de iluminação pública e lançado uma escada, militares seguiram para o endereço. Os suspeitos, no entanto, já teriam iniciado cortes no cabeamento, utilizando ferramentas diversas, como alicate, e 150kg de fios de cobre já teriam sido retirados.
No momento da investida policial, o jovem estava em cima de uma escada, próximo à rede elétrica, enquanto o comparsa colocava alguns metros de fios no interior do automóvel. Além dos equipamentos, a PM apreendeu o veículo usado na ação criminosa, que estava com o licenciamento atrasado, e os materiais furtados. A Perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e a dupla foi encaminhada ao plantão da Delegacia de Santa Terezinha.
Conforme a PM, o eletricista seria reincidente na prática, e outra ocorrência já havia sido registrada na mesma rua em 29 de julho do ano passado. Naquela ocasião, o mesmo homem teria sido visto pulando o muro de um galpão. Ele foi flagrado pela PM com alicate universal, chave de fenda e chave philips. Um alicate para corte de fio de grosso calibre teria sido arremessado por ele por cima do muro na hora da tentativa de fuga. Diversos fios haviam sido cortados, sendo danificados também quadros de distribuição de energia.
Combate
Para inibir a prática de furto de cabos elétricos, tampos metálicos e demais materiais do tipo, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e as forças de segurança pública já realizaram cinco edições da operação “Hefesto”, que mira possíveis receptadores, como ferros-velhos. Conforme o Executivo municipal, devido ao valor comercial, os materiais metálicos dispostos em equipamentos públicos e privados passaram a ser alvos preferenciais de ataques.
Serviços essenciais, como água, luz, internet e mobilidade urbana, acabam sendo afetados diante dessas ações criminosas. Matéria publicada pela Tribuna no fim de dezembro mostrou que, só no ano passado, a Cesama registrou 18 furtos em suas unidades espalhadas pela cidade, entre elevatórias de água, de esgoto e reservatórios, resultando em prejuízo de quase R$ 70 mil para os reparos e reposições. Já as perdas anuais da Cemig giram em torno de R$ 1 milhão em Minas Gerais.