O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac) voltou a avaliar o pedido de tombamento do Centro de Educação Física e Esporte (Cefe) do Colégio Granbery em reunião nesta segunda-feira (8). No entanto, a votação foi novamente adiada, após todos os integrantes do conselho que haviam pedido vistas ao processo serem ouvidos. Os votos que decidirão o futuro da área devem acontecer na reunião extraordinária agendada para a próxima segunda (15).
Matéria publicada pela Tribuna no último domingo mostrou que o relator do processo no Comppac, Ignacio Delgado, deu parecer favorável ao tombamento. Também secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação de Competitividade (Sedic) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), ele ainda sugeriu estudo e encaminhamento de disposições que permitam o acesso da área proposta à população juiz-forana. “De certa forma, estamos falando não somente de um bem cultural, mas de um espaço que poderia operar como um bem comum, não apenas uma área esportiva delimitada por um muro e inacessível aos olhos e fruição da população de Juiz de Fora, que o reconhece como bem cultural através de deliberação do Comppac.
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Já o Instituto Metodista Granbery é contrário ao tombamento, pois uma área do Cefe, com cerca de 13 mil metros quadrados – que inclui o campo de futebol, a piscina e parte do bosque – vai a leilão em processo de recuperação judicial da Rede Metodista, que corre no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O lance mínimo é de R$ 40 milhões, e a próxima data marcada para a concorrência é 19 de fevereiro. “A instituição acredita na venda para que possamos avançar na reestruturação do colégio, que faz parte da história de Juiz de Fora”, declarou o Granbery por meio de nota na sexta-feira.
O anúncio do leilão mobilizou moradores do bairro, da comunidade granberyense e da população em geral, reunindo mais de 5.600 assinaturas em abaixo-assinado a favor do tombamento, para que o centro esportivo não se transforme em um empreendimento imobiliário.
O Conjunto Paisagístico do Instituto Granbery, por outro lado, já é tombado pelo decreto 7.324, de 4 de abril de 2002, incluindo os edifícios Granbery, Tarboux e Lander, situados na Rua Batista de Oliveira 1.145, representantes do estilo arquitetônico de ecletismo rebuscado.