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Comboio do Bem leva clima de Natal para instituições de JF

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Presentes foram distribuídos nesta sexta-feira, em ação que mobilizou vários voluntários (Foto: Olavo Prazeres)
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O policial rodoviário federal Eduardo Melo Rezende chegou mais cedo à Escola Estadual Maria das Dores de Souza, o primeiro ponto de passagem e parada do Comboio do Bem, na manhã dessa sexta-feira (7). A iniciativa também contemplou a Apae, o Instituto Bruno e o Instituto Vitória. Antes mesmo que o policial batedor descesse de sua motocicleta, um grupo de seis estudantes o cercaram. Mesmo de longe era possível ver a empolgação com a qual eles levavam perguntas ao profissional. Enquanto um deles pedia um abraço, outro vestia o capacete do policial. Depois disso outros se aproximaram.

Há cinco anos, Eduardo se junta a outros representantes de forças da Segurança Pública e dedica um dia do ano a esse percurso, que, para ele, representa uma oportunidade de contato valiosa. “É uma alegria e uma emoção muito grande. Recebemos uma vibração muito positiva, uma troca de calor humano intensa, faço questão de estar sempre presente.”

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A mesma expectativa e ansiedade presentes na fala de Eduardo, também se apresentavam nos gestos dos estudantes, que aguardavam a chegada das equipes e dos presentes. Elias da Costa Silveira, 18 anos, pediu em sua cartinha um carrinho de controle remoto ou um ônibus de brinquedo. Ele andava por todo espaço, atento a qualquer som que pudesse indicar a chegada dos veículos. “É uma alegria muito grande. Aqui a gente estuda e aprende muito, e esse dia a gente aproveita muito.” Já o estudante Ryan de Jesus, 15, esperava por um dia diferente. “Eu fui um bom menino. Pedi um relógio na minha cartilha, acho que vou ganhar. Me divirto muito, quando tem festa assim.”

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A alegria expressada pelos cerca de cem presentes foi corroborada pela equipe da escola. “Eles ficam esperando desde fevereiro por esse momento festivo, de comemoração. Esse acaba se tornando um momento de lazer que é referência para eles, uma forma de alimentar neles o sentimento de esperança”, diz a professora de Ciências, Maíra Hubner Machado. Para a diretora, Maria Aparecida Godinho, a única escola estadual em Juiz de Fora que lida com transtornos diversos, se enche de alegria e humanidade. “Eles nos ensinam todos os dias a amar o que fazemos. Aprendemos mais que ensinamos aqui, com todas essas histórias de vida.”

Todas essas lições, que são trocadas há 18 anos, ajudam a contar cada passo dessa ação, que se organiza, segundo o coordenador, William Boy, para causar sorrisos. Para conseguir presentear a todas as crianças, o trabalho começa três meses antes. “É um privilégio receber o abraço de muitas pessoas que não falam ou não se expressam com facilidade. Eles ficam felizes com a nossa presença, com esse tempo que passamos ao lado deles.

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Proporcionar esse dia para eles é fruto de uma união de muitos esforços, que não vê cor, nem credo, nem classe social. Tanto que, esse ano, conseguimos trazer mais que o triplo da meta de fraldas, chegando a 9 mil, e 1.350 presentes.” Saindo da escola, os bonecos do Samu, dos Correios, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal, os papais e mamães Noel seguiram pelas vias da cidade, para o próximo encontro, levando acenos, sorrisos e solidariedade pelo caminho até a próxima parada.

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