Após duas tentativas de concessão à iniciativa privada, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) mais uma vez abre edital de leilão do Expominas Juiz de Fora, localizado na BR-040, no km 788. O centro de convenções tem valor inicial de R$ 38 milhões, e segundo o edital, o espaço tem infraestrutura completa e boa conservação e localização de potencial estratégico.
Inaugurado em 2006, o imóvel é destinado à realização de eventos, feiras e congressos e tem capacidade para 13 mil pessoas. O pavilhão conta com dois pavimentos, um teatro com 1.525 assentos, seis salas multiuso e hall nobre, estacionamento para 1.100 veículos, uma subestação elétrica de 2.500 KVA e gerador de 500 KVA e sistema de ar-condicionado central.
De acordo com o laudo técnico e econômico elaborado pela empresa CMP Avaliações, o imóvel está localizado em região estratégica, próxima à ligação entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com boa infraestrutura e acesso. O documento também destaca que o município é um polo econômico e educacional, com 540 mil habitantes. Além disso, considera que o mercado imobiliário local está em valorização contínua e há aumento da demanda por imóveis comerciais.
A licitação aberta tem como critério o maior preço ofertado pelas empresas licitantes, com recebimento das propostas agendado para o dia 28 de outubro. De acordo com o edital, o imóvel deverá ser utilizado exclusivamente como Centro de Convenções. Também será vendido no estado de ocupação e conservação em que se encontra, por isso, os licitantes deverão examiná-lo atentamente antes da proposta.
“Um equipamento estratégico para o desenvolvimento do turismo de negócios e eventos da cidade e região, podendo ser um verdadeiro divisor de águas para a economia local, caso ele seja melhor gerido, comercializado e ocupado”, declarou o Juiz de Fora Convention & Visitors Bureau sobre o Expominas Juiz de Fora.
Tentativas de venda frustradas
Em matéria publicada pela Tribuna em dezembro de 2022, a Codemge, responsável pela administração do Expominas Juiz de Fora, afirmou gastar mensalmente R$ 113.737 com manutenção, funcionários e energia elétrica do equipamento. Porém, o local gerava uma receita de, aproximadamente, R$ 55.900 ao mês. Segundo projeção, o prejuízo anual ao Poder Público seria de pouco mais de R$ 694 mil.
Anteriormente, a companhia tentou duas vezes, sem sucesso, repassar o imóvel à iniciativa privada, em 2017 e em 2021 — nessa tentativa, o valor solicitado para o espaço foi de R$ 61 milhões. Questões sobre acesso ao local e burocracia para locação do espaço foram apontadas por representantes de entidades do comércio e do empresariado juiz-forano.
A Tribuna entrou em contato com a Codemge, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.