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Projeto discute a diversidade

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Cerca de cem alunos do ensino médio do Colégio Stella Matutina participam hoje, a partir das 8h, de um circuito de palestras que irá discutir a diversidade. Dentre os temas que serão abordados com os jovens, que têm idade entre 15 e 18 anos, estão a questão racial, o bullying, a situação dos idosos e das pessoas com necessidades especiais. Esta é a primeira edição do projeto, que é realizado em parceria com a Câmara Municipal de Juiz de Fora, e pretende ter continuidade. A iniciativa integra as atividades das disciplinas de sociologia, filosofia e atualidades, que podem ser retiradas da grade obrigatória desta fase escolar a partir de 2018, como propõe a medida provisória (MP) da reforma do ensino médio do Governo federal.

O professor de sociologia e coordenador de ciências humanas e suas tecnologias do colégio, Tiago Reis, considera a oportunidade de discutir a diversidade um avanço para o ensino. “É a chance de mostrar aos alunos uma realidade diferente e contribuir para o entendimento sobre o outro na vida em sociedade. O colégio se preocupa com a formação do aluno, em incentivar o acolhimento e o respeito.” Segundo ele, a proposta é que o projeto envolva também a população. “Nós queremos a democratização do conhecimento que eles irão adquirir. Para isso, eles irão elaborar uma cartilha sobre diversidade, que será distribuída no entorno da escola.”

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Dentre os palestrantes estão os funcionários da Câmara que integram o projeto Diversidade, existente há 11 anos. “Visitamos escolas e outras instituições que tenham o interesse em discutir questões de cidadania. Nosso trabalho é embasado na troca de ideias e experiências”, explica um dos facilitadores, Vinícius Martins. Para ele, levar esta discussão aos jovens é de extrema importância. “São pessoas ainda em formação, mas que já podem apresentar deformações de visões. É uma oportunidade de fazer um debate muito rico e mais reflexivo.”

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Reforma

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Na análise do professor da Faculdade de Educação (Faced) da UFJF, Eduardo Magrone, a discussão é muito válida, especialmente num momento em que há a possibilidade de que disciplinas como sociologia e filosofia deixem de ser obrigatórias no ensino médio. “É uma iniciativa que deve ser elogiada, fortalecida e incentivada. Espero que aconteça mais vezes e que motive outras instituições”, diz. “A escola é um espaço para esse tipo de debate. As diferenças já começam ali, e os alunos estão em formação. Precisamos formar cidadãos, não só trabalhadores. Esta MP contém erros crassos, e espero que os legisladores enxerguem este trabalho mal feito e reflitam.”

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