Setecentas e treze áreas de risco foram identificadas em Juiz de Fora, conforme mapeamento realizado pela Defesa Civil no município. Dessas, 55 foram caracterizadas com risco de inundação, 19 barragens e 639 com risco de escorregamento. Os riscos são classificados em quatro graus: R1, R2, R3 e R4, sendo R4 as situações que merecem maior atenção. A Zona Sul é a região com maior quantidade de áreas de risco (ver quadro). Conforme o chefe do Departamento de Operação Técnica da Defesa Civil, Walter de Melo, a topografia acidentada de Juiz de Fora colabora para o alto número de áreas de risco. Um exemplo é o Bairro Santa Luzia, que conta com áreas de grandes elevações e com o córrego. Além disso, a ocupação adensada contribui para os acidentes. “A maior parte das manchas mapeadas é proporcionada pela ocupação humana executada sem orientação.”
O trabalho de mapeamento teve início nas regiões de ocupações irregulares, onde os problemas eram recorrentes. O mapeamento foi feito por meio de visitas técnicas e preenchimento de uma ficha de caracterização de risco. Assim o técnico consegue traçar o perfil da área e, junto com arquivos fotográficos, delimitar a mancha da área de risco no mapa. “Não podemos nunca dizer que uma área não apresenta riscos. Muitas vezes, um local sem risco aparente pode passar a ser uma área delicada se for realizada alguma intervenção humana. Esse mapeamento nos orienta em todas as nossas ações, principalmente as rotineiras.”
Walter ressalta que não são apenas as grandes obras, como contenções, que solucionam problemas de risco. “Muitas vezes, pequenas correções evitam ocorrências de grande porte.” Por meio desse mapeamento, a Defesa Civil também irá conseguir realizar campanhas de prevenção.