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Polícia investiga caso de criança atingida por bala perdida

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A Delegacia Especializada de Homicídios abriu inquérito nesta segunda-feira (7) para investigar o homicídio de Márcio Aparecido de Castro, 43 anos, que resultou também em uma criança de 8 anos ferida, vítima de bala perdida. O crime violento aconteceu no fim da tarde de sexta-feira (4)  na Rua Agenor Batista Garcia, na parte alta do Bairro Santa Rita, na Zona Leste de Juiz de Fora. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, os investigadores já estão nas ruas apurando o delito, que estaria ligado “à guerra do tráfico”, e os envolvidos começam a prestar depoimento nesta terça-feira. A menina alvejada no abdômen permanece internada na UTI infantil do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus. Segundo a assessoria, o quadro dela é considerado estável.

Segundo informações do boletim de ocorrência da Polícia Militar, Márcio foi encontrado caído na via pública já sem vida, perto da casa onde morava. Uma mulher que presenciou os fatos disse aos policiais que o morador estava em frente à residência, quando foi surpreendido por dois criminosos encapuzados dentro de um veículo Golf. O carona desembarcou armado com revólver e seguiu na direção da vítima, que saiu correndo. O atirador voltou a entrar no carro, e a dupla perseguiu o homem até alcançá-lo. Após ser atropelado, ele caiu no chão e ainda foi alvo de vários disparos. O Samu constatou o óbito, e a perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos, sendo o corpo encaminhado ao IML. Seis cartuchos e dois projéteis de calibres não definidos foram aprendidos no local.

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Posteriormente, a criança deu entrada no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus. Familiares dela contaram aos militares que a menina subia um escadão de acesso à Rua Agenor Batista Garcia, no mesmo momento do assassinato, quando foi atingida por uma bala perdida na região abdominal. Ferida e assustada, ela ainda conseguiu sair correndo do local à procura de ajuda. Conforme a PM, o ferimento foi na parte inferior esquerda da barriga, e a menina foi encaminhada para o setor cirúrgico. Populares chegaram apontar quatro suspeitos, mas ninguém foi preso. De acordo com Rolli, apesar de as investigações ainda estarem no começo, já é possível afirmar que se trata da “velha briga do tráfico” naquela região. “O inquérito está instaurado e vamos dar resposta a este caso.”

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O crime foi a 85ª morte violenta este ano em Juiz de Fora, segundo levantamento da Tribuna, e chamou atenção por ferir mais um inocente naquela região marcada por conflitos envolvendo duas facções ligadas ao tráfico de drogas. O delegado lembrou que as brigas entre essas gangues já resultaram na morte de dois inocentes. Um dos casos envolveu a comerciante Elisane Aparecida Moreira Dias, 36, morta com um tiro não direcionado a ela dentro de seu próprio restaurante, no dia 29 de outubro de 2016, na Avenida Governador Valadares, no Bairro Manoel Honório, na Zona Leste. Os réus, de 19 e 24 anos, foram a julgamento no último dia 27 e condenados, mas cabe recurso. Apesar de um deles ter sido absolvido do assassinato da mulher, os dois também foram declarados culpados pelas tentativas de homicídio contra uma criança, 10, baleada em via pública próximo à mesma pizzaria em que trabalhava a vítima, e contra um rapaz, 18, alvo dos disparos e atingido cinco vezes.

Já o outro caso aconteceu em outubro de 2014, dentro da Uaps do Santa Rita, quando um homem, 50, foi atingido por um tiro no peito durante a execução de um jovem, 25, morto com 18 perfurações.

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Mulher morta

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Já a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher investiga o assassinato de Cíntia Scaldini Aleixo Alves, 21, morta com um tiro no rosto na noite de sexta dentro de uma mercearia no Bairro Santo Antônio, Zona Sudeste. Conforme a PM, o suspeito do crime é um comerciante, 41, dono do estabelecimento. A esposa dele acionou a PM, e a vítima foi encontrada caída em via pública com o rosto ensanguentado. A solicitante disse aos policiais que estava em casa com sua filha, quando ouviu um disparo. Em seguida, o marido chegou na residência revelando ter atirado contra Cíntia e lamentando que sua vida havia acabado. Ele fugiu e não foi localizado.

O corpo da jovem teria sido arrastado por cerca de três metros após o homicídio. O tiro foi disparado próximo ao nariz dela, e o revólver calibre 32 utilizado no crime foi achado em cima de um freezer na mercearia. A arma estava com uma munição deflagrada e cinco intactas. O caso segue em investigação.

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