“O Brasil faz parte do primeiro movimento de expansão de Wonder.Legal além da França, e esta escolha não foi por acaso. As estatísticas de uso de redes sociais, e-commerce e de novos negócios ligados à internet mostram que o Brasil é um dos países mais abertos e engajados em uso de novas ferramentas e tecnologias web. Além disso, Wonder.Legal oferece uma gama de documentos para empresas, e sabemos que há no Brasil um movimento importante de empreendedorismo que pode favorecer o uso de soluções mais práticas, rápidas e de menor custo para a abertura e manutenção de novos negócios. Por isso, achamos que haveria uma boa aceitação de Wonder.Legal no país”, explica o fundador do site, o engenheiro Jeremie Eskenazi.
Conforme ele, o Brasil é a porta de entrada para América Latina do serviço que também está expandindo para Alemanha, Itália e Espanha, além da França, onde já atendeu a cem mil clientes em menos de um ano. “Com Wonder.Legal, o usuário pode criar sozinho os seus documentos, de forma instantânea e automatizada. Isso diminui o tempo e o custo para a obtenção dos documentos finais.”
Pelo site, é possível elaborar documentos, como cartas de demissão e de aviso prévio, contratos de trabalho, editais de convocação, procurações, contratos sociais, termos de uso, convenção de condomínio, contrato de locação de imóvel e de união estável.
Questionado se o serviço on-line poderia ser mal recebido pelos advogados, Jeremie explica que a proposta de Wonder.Legal não é oferecer serviços advocatícios, e sim funcionar como um complemento aos advogados. “Não é possível fazer consultas pelo site nem enviar qualquer tipo de pergunta jurídica. O objetivo é simplesmente oferecer documentos e deixar que os advogados se concentrem em seu trabalho de aconselhamento. Nossos planos são, ainda, disponibilizar em breve uma assinatura especial para advogados, que dê acesso ilimitado a todos os documentos da plataforma.”
Parágrafos inteligentes
Por trás do funcionamento aparentemente simples do Wonder.Legal se escondem três anos de pesquisa e desenvolvimento. “O maior desafio era programar um sistema que adaptasse os documentos às necessidades individuais de cada usuário”, analisa Jeremie Eskenazi. Foi criado um módulo de inteligência artificial que decompõe a estrutura de um documento em árvores lógicas e o torna dinâmico. O site emprega uma equipe de juristas internacionais que desenvolvem a base dos documentos do site e programam as alternativas de personalização. Assim, um documento “estático” se torna um documento “dinâmico” que se redige sozinho em função das respostas do usuário.