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Marcos Luiz Rocha Marlière, 56 anos – O mestre da guitarra

MORTO 3 destacada
MORTO 3 interna
Foto: Arquivo Pessoal
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Marquinho era professor. Nas escolas livres, na universidade, nos palcos e em casa. Estava sempre ensinando música, fazendo música ou criando música. Assim, fez história. Guitarrista do Patrulha 66, banda de punk rock que inscreveu seu nome na cena juiz-forana nos anos 1980, Marcos Marlière, o Marquinho 66, chegou a apostar na vida fazendo shows, mudou-se para o Rio de Janeiro, conheceu plateias maiores, mas retornou e dividia-se entre o ofício de lecionar e tocar na noite. Mesmo pequena, arrastava a filha para as apresentações. Bruna ficava comendo batata e tomando refrigerante enquanto assistia a performance paterna. “Ele tinha tanta vocação para tocar guitarra e violão quanto para ser professor. Ele amava. Como professor e como músico, ele era realizado”, conta a jovem, que herdou do pai a paixão pela música. Legado que Marquinho também deixou para diferentes gerações de músicos da cidade onde o mineiro de Tocantins escolheu viver. Dono de um bom-humor superlativo e homem de muitos amigos, ele já não tocava com muita frequência, mas o violão nunca saiu do lado. Em março, em casa, sentiu dores abdominais persistentes e pediu à filha que o levasse ao hospital. Num longo e cansativo tratamento para eliminar abscessos no fígado e no intestino, Marcos contraiu, no hospital, a Covid-19. Estava perto de ter alta quando o coronavírus tomou-lhe o ar. Marquinho 66 morreu na manhã do dia 4 de maio. Deixou uma plateia enorme de admiradores. “Era muito meu amigo, um confidente, muito objetivo nas conversas. E sempre muito humano no sentido de perceber o que eu sentia e saber dar o conselho certo”, emociona-se a filha Bruna.

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