A Polícia Civil apresentou, nesta quarta-feira (7), um rapaz, de 21 anos, suspeito de participar na morte de um vigilante no condomínio habitacional Novo Triunfo II, na Zona Norte. Um outro vigia, 30, que estava de trabalho no dia 18 maio, quando o crime aconteceu, e também foi atingido pelos disparos, é considerado suspeito de envolvimento no crime. A vítima, Oltair Trindade Garcia, 50, foi atingida por disparo de arma de fogo.
De acordo com o delegado Rogério Woyame, que responde interinamente pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, o jovem, que seria autor dos tiros, foi preso na última quinta-feira (1°) e foi reconhecido pelo vigilante, que apresentou versões diferentes sobre o dia do crime e, por essa razão, também foi preso na sexta-feira (2).
Segundo informações da Polícia Militar, os dois vigilantes foram surpreendidos, por volta de 19h30, dentro de uma das casas do loteamento. O vigia que escapou da emboscada, atualmente suspeito de participação no latrocínio, contou que ele e o colega haviam acabado de jantar, quando foram surpreendidos por dois criminosos, que entraram na casa armados de revólver gritando “perdeu, perdeu,perdeu”. Neste momento, Oltair, que estava sentado em uma cadeira, colocou as mãos na cabeça e pediu várias vezes para que a dupla tivesse calma, mas mesmo assim foi alvo do tiro.
“Ao ser ouvido, o vigilante contou diferentes versões do momento do crime. Comparando o laudo pericial do local, da necropsia, foram percebidas diversas contradições. Mesmo ele negando envolvimento e o jovem negando ter atirado na vítima, fato que acabou prejudicando o inquérito, todo o trabalho de investigação indica os dois suspeitos”, afirmou o delegado.
Ainda conforme Woyame, o vigilante suspeito não pediu socorro e não acionou a Polícia Militar. Além disso, foi feito o reconhecimento pessoal entre os dois suspeitos, e o vigilante afirmou que o jovem atirou nele e matou o companheiro de trabalho. “Estamos procurando moradores do local, porque as diversas versões que foram colhidas com populares reforçam a ideia da participação do vigilante. Além disso, o suspeito faz diversas contradições sobre como o crime ocorreu dentro da casa”, ressaltou o delegado. “O caso foi registrado como latrocínio, já que tudo leva a crer que foi combinado entre os suspeitos de roubar as armas e os coletes do local, mas nossa hipótese é que, de alguma forma, o jovem pensou que o vigilante pudesse reconhecê-lo e acabou ocorrendo o crime.”
Os suspeitos foram levados para o Ceresp. “Agora, o inquérito será relatado com indiciamento dos dois em coautoria de latrocínio e enviado à Justiça”, concluiu o Woyame, informando que também será pedida a prisão preventiva dos dois suspeitos.