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JF inicia formação de mulheres no Exército

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Quando o portão das armas do 4º Grupo de Artilharia de Campanha (4º GAC) se abriu, na manhã do último dia 28, 61 mulheres começaram a escrever um capítulo inédito na história do Exército Brasileiro. Elas serão as primeiras sargentos combatentes da linha bélica da instituição. Metade da formação delas e de outros 17 homens que integram a turma será feita em Juiz de Fora. O 4º GAC, localizado no Bairro Nova Era, Zona Norte, é a primeira unidade do Brasil a receber alunas para o Curso de Formação de Sargentos (CFS). Até o momento, as mulheres podiam ingressar apenas nas áreas de saúde, magistério e administração.

As primeiras sargentos combatentes da linha bélica do 4º Grupo de Artilharia de Campanha (4º GAC)

Para receber as futuras combatentes, o quartel precisou passar por mudanças estruturais. Até então, apenas homens serviam na unidade militar. Na parte de pessoal, o 4º GAC recebeu duas sargentos monitoras para auxiliar na formação das alunas, e os instrutores e monitores do CFS receberam orientações específicas dos escalões superiores. “A unidade está encarando este desafio de iniciar a formação da primeira turma de sargentos do segmento feminino da linha de ensino militar bélico do Exército Brasileiro com grande responsabilidade e profissionalismo”, disse o instrutor chefe do curso, capitão Walisson Pedrozo da Costa. O concurso de admissão para o CFS contou com 92 mil candidatos inscritos para as áreas combatente, música e saúde, sendo que a concorrência para as mulheres combatentes foi de 179 por vaga.

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Conforme o oficial, a turma chegou em Juiz de Fora no dia 17 de abril e fica na cidade até o dia 8 de dezembro, quando termina a primeira fase os trabalhos. Os objetivos do curso são iniciar a formação do caráter militar, criação de hábitos adequados à vida militar, aquisição de conhecimentos militares, obtenção de reflexos na execução de técnicas e táticas individuais de combate e desenvolvimento da capacidade física.

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Segundo o instrutor chefe, as alunas farão as mesmas atividades que os homens. “Durante este ano, elas receberão toda a formação militar básica, com conteúdos que são exigidos para todo militar que ingressa nas fileiras do Exército. Além das instruções teóricas, elas irão participar de quatro acampamentos, onde colocarão em prática o que aprenderam em sala de aula”, afirmou.

As novas integrantes das Forças Armadas vieram de todas as regiões do país. Samara Leite Bermeo, de Boa Vista (R), está em Juiz de Fora desde o dia 17 de abril. Servir o Exército era um sonho dela, que tem familiares e amigos militares. Para Samara, o maior desafio de seguir a carreira será a saudade dos parentes. “Durante o curso, as dificuldades podem ser diversas devido ao esforço físico e mental a ser realizado. Mas não existe sensação melhor do que a realização de um sonho e vestir o camuflado que tanto orgulha a nação”, disse.

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Após o primeiro ano em Juiz de Fora, os alunos seguem para Escola de Sargentos de Logística (EsSLog), no Rio de Janeiro, onde irão se especializar em uma das áreas de conhecimento disponíveis. Ao término de 2018, essas sargentos estarão à frente de pequenas frações na tropa, como combatentes do Exército Brasileiro na área logística, como intendência, manutenção de comunicações, topografia, manutenção de armamento, mecânico de viatura e mecânico operador.

Inserção feminina

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Neste ano, também a formação da mulher como oficial combatente foi iniciada na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), e será concluída na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). Foram admitidas 40 alunas para o quadro de material bélico e o serviço de intendência. Com a inserção do sexo feminino na Aman, em 2021 estarão formadas as primeiras aspirantes a oficial da área bélica, que poderão alcançar até o mais alto posto da instituição, o de General de Exército.

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