Mesmo com o pagamento de todos os documentos em dia, muitos proprietários de veículos ainda não receberam o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) em casa. Alguns estão indo até a Delegacia de Trânsito, em Santa Terezinha, para emitir o documento, e, para isso, precisam esperar por quase duas horas. O motofretista Jacimar Silva afirma ter quitado todos os débitos de sua motocicleta no dia 25 de fevereiro, mesmo assim, ele ainda não recebeu o CRLV de 2017. Por trabalhar com o veículo, a preocupação de Jacimar é com as blitzem que exigem o porte do documento. “Normalmente, eu recebia entre duas e três semanas depois de efetuar o pagamento, mas este ano está demorando muito. Verifiquei se tinha alguma pendência, como multa, mas nada foi constatado. As blitzem já começaram e ainda estou com o documento antigo”, argumenta.
Já o contador Alexandre Ferreira diz que efetuou o pagamento em três parcelas, finalizando em 15 de março. Ele esperava receber o CRLV antes do feriado da Semana Santa, em abril, o que não aconteceu. “Tive que viajar e fiquei preocupado se seria parado na estrada. Fui até a delegacia para buscar o documento e ficar mais tranquilo”, conta.
A delegada de Trânsito em Juiz de Fora, Ione Barbosa, afirma que todos os prazos estão sendo cumpridos e que os atrasos podem estar ocorrendo por vários motivos, como endereço não atualizado do proprietário do veículo, algum impedimento ou até mesmo demora por parte dos Correios. Por isso, ela aconselha aos proprietários para, antes de irem à delegacia, acessarem o site do Detran-MG.
“Os proprietários de veículos com finais de placas 1, 2, 3, 4 e 5 poderão portar o CRLV 2016 até o dia 31 de maio. Para os de placas com finais 6, 7, 8, 9 e 0, o prazo é 30 de junho, portanto, estamos dentro do prazo de entrega, não há motivo para desespero”, afirma a delegada. Ela acrescenta que não deixará de atender as pessoas que forem à delegacia para buscar o documento, apesar de contar com pouco efetivo para o atendimento ao público.
Correios
Em greve em alguns e estados do país, os Correios em Juiz de Fora aderiram o movimento durante dez dias, entre os meses de março e abril, e, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e Região (Sintect/JFA), João Ricardo Guedes, a interrupção no serviço pode ter atrasado a entrega de vários objetos e documentos, principalmente na Zona Norte da cidade. Ele ressalta que houve paralisação do Centro de Distribuição em Santa Terezinha durante cinco dias no mês de março e que trabalhadores de outras unidades dos Correios aderiram ao movimento entre os dias 27 de abril e 2 de maio. Por conta disso, Guedes afirma que alguns atrasos ainda devem ocorrer.