
Os alunos do Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora, localizado na antiga Escola Normal, na região central da cidade, estão sem aulas no último horário desde fevereiro. A informação foi enviada à Tribuna por meio da denúncia de um pai cujo filho estuda na instituição. O Estado, através da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), informou que a Superintendência Regional de Educação de Juiz de Fora, responsável pela instituição, está empenhada em solucionar a situação com máxima urgência.
O professor do Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora e membro do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), José Deniac, disse que as diretrizes do Estado acabam restringindo ainda mais a autonomia das escolas estaduais. Segundo ele, “a criação da obrigatoriedade de aulas do itinerário no sexto horário causou várias incompatibilidades, além de cargos fracionados, o que deixa de lado a parte pedagógica do ensino.”
Ainda segundo ele, as contratações ficam em condições precárias, pois os cargos acabam sendo fracionados em quatro ou cinco aulas, onde o professor dá apenas uma aula por dia, no sexto horário. Em conversa com a Tribuna, Deniac afirmou que o Estado não procura ver a especificidade de cada escola e que a falta de diálogo prejudica os trabalhadores e o ensino.
Em nota, a SEE/MG, informou que, para garantir a continuidade das atividades pedagógicas, um edital para a contratação de um profissional já foi publicado e o processo seletivo está em andamento. A expectativa da secretaria é de que a situação “seja regularizada em breve.”
A SEE assegurou que todas as aulas dos Itinerários Formativos, parte essencial da matriz curricular, serão repostas. E que todos os 200 dias letivos previstos no calendário escolar serão cumpridos, sem causar prejuízo aos estudantes.