Um homem de 28 anos, suspeito de assassinar o jovem Rodrigo Rômulo Campos da Silva, 22, ferindo também a tiros uma mulher grávida, 21, e um adolescente, 12, está sendo julgado na tarde desta quarta-feira (6) no Tribunal do Júri, no Fórum Benjamin Colucci, em Juiz de Fora. O crime aconteceu no dia 3 de setembro de 2015, na Rua Pedro Paulo Vieira, no Bairro Santa Cândida, Zona Leste. Mais de 15 disparos foram ouvidos por moradores, surpreendidos pelo tiroteio no meio da tarde. A sessão é presidida pelo juiz Paulo Tristão e teve início às 12h30. Após o sorteio dos jurados e a fase introdutória, começaram as oitivas das testemunhas de defesa e acusação.
O suspeito é julgado por homicídio qualificado e dupla tentativa de assassinato. Segundo o Ministério Público, o réu agiu por motivo torpe, devido a rixas anteriores com Rodrigo, e impossibilitou a defesa das vítimas ao surpreendê-las com os disparos. O homem também é acusado de corrupção de menores, porque um adolescente, 17, teria participado do delito.
No dia dos fatos, a dupla estava em um carro e abriu fogo quando passava pela Rua Pedro Paulo Vieira. O alvo era Rodrigo, atingido por pelo menos três disparos. A grávida e o adolescente transitavam pelo local e acabaram sendo baleados. A mulher foi alvejada na perna, e o garoto foi atingido de raspão nas nádegas. A via estava repleta de pessoas no momento da ação, e diversas crianças brincavam nas imediações.
Fuga em vão
Segundo informou a Polícia Militar na época, após ser baleado na mesma rua onde morava, Rodrigo ainda correu pela Ademir Pedretti Souza e entrou pela garagem de uma residência para se proteger dos atiradores. Apesar de estar gravemente ferido, ele conseguiu subir as escadas e ir para a laje. Médicos do Samu tentaram reanimá-lo por mais de 40 minutos, mas o jovem não resistiu aos ferimentos no abdômen e morreu no local. Já a grávida e o adolescente foram levados para o HPS sem lesões graves.
O suspeito foi localizado e preso em flagrante, sendo encaminhado ao Ceresp. De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), em março de 2016 ele foi transferido para o presídio de Visconde do Rio Branco, retornando ao Ceresp três meses depois. Já em janeiro deste ano, o acusado foi transferido para o Complexo Penitenciário de Ponte Nova, permanecendo à disposição da Justiça. A Seap salientou que “as transferências no sistema prisional fazem parte da rotina do fluxo de gestão de vagas”.