Policiais militares descobriram que um apartamento no Bairro Santo Anjos, Zona Sudeste de Juiz de Fora, estava sendo usado por traficantes para guardar, embalar e distribuir drogas para diversas bocas de fumo da cidade. Os traficantes contavam com um esquema de segurança articulado por diversas pessoas, que ficavam em pontos estratégicos do bairro monitorando o patrulhamento feito pela PM e avisavam sobre a atuação dos militares por meio de grupos do aplicativo WhatsApp. Os traficantes conseguiram fugir, mas já foram identificados e são procurados. Uma pequena quantidade de droga foi apreendida no local.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, no fim da tarde de domingo (5) os policiais chegaram ao imóvel, localizado na Rua Augusto Olímpio Pascini, para verificar denúncia de que havia uma moto envolvida em crimes estacionada no endereço. Porém, quando a viatura chegou, uma mulher gritou da janela do terceiro andar, alertando sobre a presença dos militares. Os policiais subiram a escadaria do prédio e ouviram alvoroço, gritaria e corre-corre vindo do apartamento suspeito.
Ao baterem na porta, os militares foram recebidos por uma jovem, 18 anos, a mesma que alertara sobre a chegada da equipe. Segundo o boletim de ocorrência, a moça disse que era faxineira e que os policiais poderiam olhar o local à vontade. A equipe da PM notou um forte cheiro de maconha e achou um facão sujo da droga. Durante as buscas também foram localizados um rolo de papel filme, comumente usado para embalar drogas, um pé de maconha, 20 cigarros semicombustos da substância e cinco buchas também de maconha. Quando chegaram à área de serviço, os policiais avistaram cinco indivíduos fugindo por um descampado atrás do prédio. Eles carregavam bolsas e sacolas. Foi pedido apoio, e outras viaturas foram atrás do grupo, que acabou escapando.
A jovem acabou confessando que o imóvel foi alugado por um grupo do Bairro Santa Cândida, Zona Leste, para servir de “guarda-roupa” de drogas. Ela contou que eles usavam o apartamento para cortar, pesar, embalar e distribuir maconha para diversas bocas-de-fumo do bairro. A moça disse ainda que teve conhecimento da chegada da Polícia Militar por meio de um grupo de WhatsApp, do qual participam diversos integrantes que ficam em pontos específicos do bairro monitorando o patrulhamento. Ela seria namorada de um dos suspeitos e negou participação na venda dos tóxicos. A moça foi detida em flagrante pelo crime de associação ao tráfico de drogas e levada para a delegacia para prestar esclarecimentos.