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Culto ecumênico relembra um ano do atentado contra Jair Bolsonaro

culto ecumenico bolsonaro by felipe
Durante o culto, filho do presidente se emocionou e pediu orações para o pai, que vai passar por nova cirurgia neste domingo (Foto: Felipe Couri)
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) realizaram um ato na noite desta sexta-feira (6) na esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, no Centro de Juiz de Fora. No local, há exatamente um ano, no dia 6 de setembro, Bolsonaro sofreu uma tentativa de homicídio, alvo de uma facada desferida por Adelio Bispo de Oliveira, durante ato de campanha do então candidato na cidade. A mobilização feita em alusão à data foi organizada pelo grupo Direita Minas Juiz de Fora e contou com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente. Pouco antes, Eduardo visitou a Santa Casa de Misericórdia, onde o presidente foi atendido no dia do atentado.

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O ato público, convocado pelas redes sociais e intitulado “culto ecumênico em ação de graças pela vida” de Jair Bolsonaro, teve tom de agradecimento e de religiosidade. A mobilização contou com um trio elétrico, em que várias lideranças evangélicas se manifestaram. O ato contou com a presença de parlamentares locais: a deputada estadual Sheila Oliveira e o deputado federal Charlles Evangelista, ambos do PSL.  Durante o culto, Eduardo Bolsonaro afirmou que seu pai foi salvo por “intervenção divina”. Ele contou como recebeu a informação de que Bolsonaro tinha sofrido um atentado e se emocionou durante sua fala. “Quando não se tem informação e é um parente seu, você acaba pensando no pior no primeiro momento”, contou, lembrando que esta era a primeira vez em que ele visitava a esquina onde ocorreu a facada.

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Ato foi marcado para a esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, próximo ao local onde Bolsonaro foi esfaqueado (Foto: Felipe Couri)

Por fim, ele pediu orações para o pai, que passará por nova cirurgia no domingo, ainda em consequência do atentado sofrido em Juiz de Fora, e ressaltou que a família Bolsonaro não guarda mágoas da cidade. “Peço a vocês que façam orações. Domingo ele vai ser operado. Dia 6 de setembro é o segundo aniversário. Juiz de Fora não fica marcada como uma cidade em que aconteceu algo triste, mas como uma cidade feliz, que salvou a vida dele. Não fosse isso, o filho dele não estaria aqui hoje. Jair Bolsonaro é paulista de nascimento e mineiro de coração”, afirmou Eduardo. No encerramento do evento, a vela de um bolo foi acendida no trio elétrico e os presentes cantaram “Parabéns para você” pelo “segundo aniversário” de Jair Bolsonaro. Por volta das 19h20, a mobilização foi encerrada ao som do Hino Nacional.

“Ação divina”, diz filho em visita à Santa Casa

A primeira agenda de Eduardo Bolsonaro, no entanto, foi na Santa Casa de Misericórdia, onde, a portas fechadas, reuniu-se com representantes do hospital que prestou os primeiros socorros ao presidente e realizou uma cirurgia de emergência em Jair Bolsonaro após o atentado ocorrido momentos antes, no Centro de Juiz de Fora, há exatamente um ano. De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, Eduardo fez uma visita de cortesia ao hospital e agradeceu, em nome do país e dos irmãos, Carlos e Flávio Bolsonaro, pelo atendimento prestado naquele dia 6 de setembro pela equipe médica da Santa Casa.

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Ainda na unidade hospitalar, Eduardo Bolsonaro atendeu a imprensa presente no local. “Na verdade, vim fazer um agradecimento, que foi decidido ontem (quinta), em cima da hora. Vim para este agradecimento comemorando um ano daquele que, segundo as palavras do próprio presidente, é o segundo aniversário dele”, afirmou.

Filho do presidente, ele disse ainda que a vida do seu pai foi salva por uma ação divina. “É um evento para agradecer pela vida do pai. Um culto ecumênico. A gente acredita que teve muito da intervenção divina naquele dia. Foram várias as coincidências que permitiram que ele estivesse vivo. Alguns milímetros para o lado poderia pegar uma veia grossa. Em torno de cinco minutos a mais, a hemorragia faria com que faltasse sangue para o coração bombear. O fato de uma equipe médica muito qualificada estar aqui na hora para identificar e diagnosticar a necessidade de uma cirurgia. Essa conexão de fatores, junto com a ação rápida da Polícia Federal no socorro, possibilitou que ele estivesse vivo.”

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Durante a visita, foi discutida a liberação da quantia direcionada à Santa Casa através de emenda parlamentar feita por Jair Bolsonaro (Foto: Santa Casa/Divulgação)

Demandas

Ainda no hospital, o deputado disse que recebeu algumas demandas do presidente da Santa Casa, Renato Loures. “Ouvi um pouco o presidente da Santa Casa falando das demandas locais e relacionadas a todas santas casas do Brasil. Vou levar estas demandas para Brasília, principalmente no tocante à Caixa e ao BNDES e relacionadas a spreads altos que têm sido cobrados para financiamentos.”

Ao lado do presidente da Santa Casa, Renato Loures (à esq.), Eduardo Bolsonaro acenou para apoiadores (Foto: Felipe Couri)

O presidente da Santa Casa, Renato Loures, destacou que a visita de Eduardo Bolsonaro ao hospital “mostra que ela (a Santa Casa) prestou um serviço ao pai dele, nosso presidente de Jair Bolsonaro, que permitiu que ele continuasse vivo e, hoje, se tornasse presidente do país.” Loures aproveitou a oportunidade para conversar com o deputado federal sobre a “batalha” que diz respeito ao subfinanciamento do SUS. “Hoje existe um déficit médio em torno de 60% das filantrópicas brasileiras, um déficit do SUS. Além disso, é importante que toda modificação de pagamento ou melhoria relacionada ao subfinanciamento SUS foi feita através da valorização, da meritocracia e de resultados apresentados pelos hospitais aos nossos pacientes. Isso também tem que ser avaliado. Não é simplesmente aumentar o valor dos procedimentos, mas, sim, valorizar a meritocracia, maneiras diferentes de pagamento e de valorização, principalmente de resultados.”

Emenda parlamentar

Eduardo Bolsonaro falou também sobre as expectativas da liberação de uma emenda parlamentar de autoria do então deputado Jair Bolsonaro, no ano passado, que pode levar R$ 2 milhões para a Santa Casa. Segundo o hospital, “a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora ainda não recebeu nenhuma das emendas impositivas destinadas a nós feitas por parlamentares em 2018. Acreditamos que até o fim de 2019 elas cheguem. Baseados em nossas experiências anteriores, os prazos estão dentro do esperado”.

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À imprensa, o deputado federal disse que vai verificar quando ocorrerá a liberação da emenda. “Confesso que não sei. Esta foi mais uma demanda que recebi do presidente da Santa Casa. Vamos dar uma olhada junto à secretaria competente para verificar quando ocorrerá a liberação desta emenda. Além disto, o presidente (do hospital) ressaltou que através de doações individuais chegaram recursos de cerca de R$ 1,3 milhão, que estão sendo utilizados para a melhoria do CTI”, pontuou o filho de Bolsonaro, destacando doações feitas por apoiadores do presidente após seu atendimento na unidade hospitalar.

Sobre a espera, Renato Loures afirmou não se preocupar com a possibilidade de não receber o montante. “Ele (Jair Bolsonaro) não é culpado por não ter chegado o dinheiro. O dinheiro das emendas parlamentares de todos os deputados foi contingenciado, mas ainda não foi pago. Essas verbas parlamentares vão chegar. Não há dúvidas sobre isso, porque toda emenda parlamentar para a saúde é impositiva, então deve ser paga. Há um atraso das emendas, mas não há uma especificidade em relação à do Bolsonaro. São de todos os deputados federais, inclusive as de bancadas.”

Golpes

Após a iniciativa de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro de angariar recursos para o hospital juiz-forano, golpes relacionados à instituição têm ocorrido. Conforme nota da assessoria do hospital, haveria pessoas usando o nome da Santa Casa para solicitar doações. “Recebemos denúncias de uma nova tentativa de golpe usando o nome da Santa Casa de Juiz de Fora pedindo doação para bebês prematuros.” Outro golpe verificado estaria sendo realizado pelo telefone. “Uma pessoa que se identifica como Joana está ligando para a casa das pessoas pedindo doação para o hospital. Reforçamos que a Santa Casa de Juiz de Fora não pede doações ou depósitos via telefone para seus pacientes em nenhuma hipótese”, explica outra nota, disponível no site do hospital.

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