O aplicativo de relacionamento gay Grindr garantiu que investiga todas as denúncias relatadas, como no caso publicado pela Tribuna sobre o estudante da UFJF de 21 anos, importunado no último dia 3 por cerca de 25 pessoas durante cinco horas, depois de ter um perfil fake criado como garoto de programa. Procurado pela reportagem na terça-feira, o desenvolvedor do programa se pronunciou nesta quarta (6): “O Grindr não tolera nem permite a personificação na comunidade. Nós recebemos e lidamos com milhares de denúncias por dia e investigamos uma por uma, pessoalmente. Devido a isso, alguma foto ou texto pode passar. O que não significa que não serão removidos. É apenas uma questão de tempo”, afirmou.
Ainda em nota, o aplicativo explicou que algumas informações são solicitadas diante da denúncia de um perfil fake, já que são mais de cinco milhões de usuários espalhados por 192 países. A empresa destacou que a vítima tem todo apoio e deve entrar em contato com a polícia local citando como referência o número do chamado enviado.
O aluno da UFJF registrou boletim de ocorrência na Polícia Militar. A Polícia Civil informou que já foi instaurado procedimento de diligência preliminar para apurar o caso e que o setor de inteligência costuma dar apoio, já que Juiz de Fora não conta com delegacia especializada de crimes cibernéticos. O constrangimento sofrido pelo jovem foi mais um alerta sobre a vulnerabilidade das pessoas no ambiente virtual.