Durante entrevista virtual à imprensa na tarde desta quinta-feira (6), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que o índice da taxa de transmissão da Covid-19 em Minas Gerais, o chamado Rt, tem indicado tendência à estabilização. “Nós fazemos um acompanhamento diário, porque essa taxa pode ter pequenas variações. Mas, desde 3 de agosto, o estado está com a tendência do Rt ser menor que 1 (índice que indica menor taxa de transmissão da doença). Esse índice sinaliza o que pode começar a ser o início de uma queda na transmissão, o que corresponderia a uma diminuição do número de casos e óbitos”, avalia.
Carlos Eduardo ponderou, no entanto, que para que esse bom desempenho seja mantido, e para que o estado continue no platô da curvas de casos, é necessário que “cada um se cuide e faça seu melhor para controle da epidemia. Esse é um trabalho que está na mão do Estado, mas também de cada cidadão.”
Taxa de ocupação
De acordo com dados da SES, nesta quinta, a taxa de ocupação de leitos de cuidados intensivo em todo o estado era de 66,67%. Ou seja, de um total de 3.750 leitos UTI, 1.249 ainda estavam disponíveis. Já em relação aos de enfermaria, o percentual de ocupação era de 58,52%. Dos 20.838 equipamentos existentes em todo o estado, 8.643 ainda não estava ocupados. Nesta quinta, conforme dados da secretaria estadual, o índice de isolamento social no estado era de 34,5%.
Em relação à taxa de óbitos, Amaral afirmou que, apesar de o sistema estar passando por uma atualização e de indicar um alto número de confirmações, que estavam, até então, represadas, Minas Gerais continua sendo o estado com menor número de óbitos por cem mil habitantes no país. “Isso não é motivo para comemorar, mas é importante porque mostra que as condutas que estamos tomando são importantes e têm trazido resultados para o estado.”
Quase metade dos municípios mineiros já aderiu ao Minas Consciente
Também na ocasião, o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, apresentou um balanço sobre o programa Minas Consciente. De acordo com Passalio, 412 municípios mineiros já aderiram ao programa, que prevê a retomada gradual das atividades econômicas. O número representa quase metade da cidades do estado e atinge mais de dez milhões de pessoas.
O secretário adjunto destacou que o plano Minas Consciente não é uma imposição do Estado, e que o plano foi elaborado para ser uma alternativa para as prefeituras. Apesar disso, por decisão judicial, obrigatoriamente, os municípios mineiros deverão adotar alguma das medidas estaduais (Minas Consciente ou deliberação 37), caso queiram flexibilizar as atividades econômicas.