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Médica é ameaçada de agressão no Pronto Atendimento Infantil de Juiz de Fora

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Atualizada às 10h23

Uma médica de 58 anos foi ameaçada de agressão por uma jovem de 20 anos no Pronto Atendimento Infantil (PAI), no Morro da Glória, região Central de Juiz de Fora. O caso aconteceu durante atendimento ao filho da jovem, um bebê de um mês, no final da tarde desta segunda-feira (5). A Polícia Militar foi acionada e registrou o caso. Conforme o boletim de ocorrência, a médica iniciou o atendimento à criança e, após a consulta, repassou à mãe qual seria o procedimento a ser adotado, no caso, um raio-x torácico. Ainda segundo o BO, a mãe, muito exaltada, discordou do procedimento e passou a ameaçar a profissional de saúde. Além da PM, a Guarda Municipal também foi acionada. A mãe do bebê foi advertida pelos policiais, e a vítima foi orientada sobre os procedimentos.

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Nenhuma das mulheres foi encaminhada à delegacia, uma vez que a mãe já estava mais calma e precisava cuidar do filho adoentado e a médica ainda tinha outros pacientes para atender na unidade de saúde. Na manhã desta terça-feira, o presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Gora, Gilson Salomão, e o delegado do Conselho Regional de Medicina (CMR), José Nalon, estiveram na unidade de saúde. Salomão reclamou da falta de segurança e de estrutura do PAI e não descartou o pedido de interdição da unidade. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que lamenta o ocorrido, preza pela segurança de seus servidores e rechaça qualquer atitude de violência dentro de suas unidades, que existem para prestar assistência ao cidadãos juiz-foranos.

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O delegado do Conselho Regional de Medicina (CMR), José Nalon (à esquerda), e o presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Gora, Gilson Salomão (à direita), estiveram na unidade de saúde. (Foto: Felipe Couri)

No dia 17 de abril, outra ocorrência foi registrada na unidade. Após um desentendimento e uma suposta agressão mútua entre uma médica de 48 anos e uma adolescente, 16, que havia levado o filho de 4 meses para consulta, a profissional sofreu ameaças de ser esfaqueada pela mãe do bebê e acabou sendo segurada pelo braço e conduzida coercitivamente pela Polícia Militar para prestar declarações na 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha. O caso provocou reações por parte do Sindicado dos Médicos, que denunciou truculência por parte dos policiais.

A violência contra os profissionais de Saúde em Juiz de Fora foi tema de mais um debate no último dia 31 de maio. Dados colhidos pelo Sindicato dos Médicos apontam que, de janeiro a abril deste ano, 18 casos de violência contra profissionais foram registrados.

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