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Paralisação atinge CTI e setor cirúrgico

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(Foto: Olavo Prazeres)
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A direção do Hospital João Penido, gerido pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), negou que os serviços da unidade tenham sido impactados no primeiro dia de paralisação dos servidores. De forma a pressionar o Governo de Minas pelo cumprimento da redução da carga horária dos trabalhadores da saúde, de 40 para 30 horas, os profissionais interromperam ontem as atividades. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), a mobilização impactou 11 setores do hospital, com apenas 30% do efetivo em seus postos, dando prioridade aos atendimentos de urgência e emergência. O Sind-Saúde em Juiz de Fora já programou um novo ato para a manhã desta quinta-feira, em frente à unidade hospitalar e afirma que o movimento continua enquanto a proposta não for aprovada.

O diretor do Hospital João Penido, Renê Gonçalves Matos, afirma que a paralisação envolveu um percentual pequeno, concentrado no setor cirúrgico e nas três UTIs. Segundo ele, não há previsão de “altas forçadas” para os pacientes internados. “Pararam em torno de 20 a 30 pessoas, de forma pontual em alguns setores. Algumas chegaram a parar durante a manifestação e depois retornaram ao trabalho. É um direito que os funcionários têm e que deve ser discutido junto ao Governo do estado”, diz. Embora não aponte transtornos, o diretor não descarta a possibilidade de novas paralisações. “Ainda não há avaliação que demonstre prejuízos, mas o comando de greve ainda deverá se mobilizar. É um direito deles”, reconhece.

A delegada sindical do Sind-Saúde, Vildania Maia, destacou que a intenção é cobrar do Governo de Minas o acordo assinado pelo governador Fernando Pimentel (PT) durante a campanha eleitoral de 2014, que autorizaria a redução da jornada de trabalho das atuais 40 horas semanais para 30 horas, sem prejuízo nos salários. Embora o Sind-Saúde tenha aceito oficialmente a proposta de reajuste de R$ 190 incorporado ao salário, os servidores da Fhemig decidiram pela continuidade do movimento em todo o estado. Os servidores juiz-foranos pedem ainda pela instalação de uma creche para atender aos filhos dos trabalhadores.

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Sobre a negociação com os trabalhadores, a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) informa que a proposta apresentada pelo Governo foi aceita por todo o Sistema Estadual de Saúde, conforme ofício enviado pelo Sind-Saúde no último sábado. Além disso, afirma que já propôs a a instituição imediata de um grupo de trabalho para a discussão dos planos de carreira e estudo da redução da carga horária dos trabalhadores da saúde, com apresentação de cronograma de implementação a partir de 2016. Com relação à paralisação, a Fhemig informa que os atendimentos de urgência, emergência e internações são realizados normalmente.

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