A Delegacia Especializada em Homicídio realizou, nesta quarta-feira (6) a primeira acareação no inquérito que apura a morte do jovem Matheus Goldoni. Foram ouvidos o chefe da segurança da casa noturna Privilège e o irmão da vítima, Leandro Goldoni, de 21 anos, durante cerca de uma hora. De acordo com o titular da Especializada, Rodrigo Rolli, a acareação teve como objetivo sanar alguns pontos contraditórios colhidos em outros depoimentos.
O delegado afirmou que, sobre o conteúdo do procedimento adotado ontem, ainda não poderia detalhar o que foi falado, a fim de não atrapalhar as outras acareações previstas. Ao todo, o Ministério Público solicitou a realização de sete acareações e a reconstituição do crime, nesta nova fase da investigação. Ainda ontem também foi ouvido pelo delegado o proprietário da casa noturna. Segundo o delegado, o depoimento visou a esclarecer como funciona o circuito de monitoramento eletrônico do estabelecimento.
Rodrigo Rolli ainda adiantou que já está agendado, para o próximo dia 20, o depoimento de outro segurança da boate e também espera, neste dia, realizar novas acareações, mas não revelou os envolvidos. “Agora esperamos o resultado do laudo complementar de levantamento de local onde o corpo foi encontrado, para que possamos, o mais rápido possível, concluir esse caso”, afirmou Rolli. Os pais de Matheus, Nívia Goldoni e Cláudio Aloísio Ribeiro, estiveram na delegacia, para acompanhar o filho que participava da acareação. Para Nívia, o procedimento deve trazer à tona pontos que ficaram obscuros no inquérito. “A gente quer que a verdade apareça e que seja feita a justiça, já que aguardamos com ansiedade o indiciamento do responsável pela morte do nosso filho.”
Matheus Goldoni desapareceu no dia 14 de novembro do ano passado, após sair do Privilège. Três dias depois, o corpo do jovem foi encontrado próximo a uma cachoeira, em uma mata no Bairro Vale do Ipê.