Atualizada às 20h49
Mais de meio quilo de maconha foram apreendidos dentro de uma garrafa térmica que seria entregue no Ceresp de Juiz de Fora, na tarde desta segunda-feira (6). O vasilhame, no qual a droga estava escondida, foi levado para a unidade em um veículo da empresa terceirizada que fornece alimentação na cadeia. De acordo com nota da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), os 650g da substância foram detectados pelo aparelho de raios X, durante procedimento de vistoria. A Polícia Militar foi acionada para registrar o boletim de ocorrência. Um jovem, de 22 anos, responsável pelo abastecimento do caminhão que fazia a entrega na unidade prisional foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia de Santa Terezinha, para prestar esclarecimento. Entretanto, até o fechamento desta edição, o caso ainda não havia sido encerrado.
De acordo com o sargento da 70ª Companhia da Polícia Militar, Ronaldo Bernardes, que atendeu a ocorrência, por volta das 14h, um agente penitenciário abordou o veículo de entrega de alimentação e, ao desconfiar que a garrafa de suco estava muito leve, decidiu abri-la. Foram encontrados 13 sacolés com a maconha. Ainda conforme o militar, o suspeito negou a participação no tráfico. Outro suspeito, de 21 anos, também responsável pelo abastecimento do caminhão, foi procurado pelos policiais, que se dirigiram até a residência dele, mas não foi encontrado.
Cada pacote escondido na garrafa apresentava uma numeração escrita à caneta, o que demonstra, segundo a PM, o destino da droga dentro do Ceresp. Ainda conforme o policial, o caminhão saiu lacrado da empresa. Segundo a nota divulgada pela Seds, a terceirizada responsável pela alimentação no Ceresp será notificada. A reportagem conversou com um representante da empresa na delegacia, mas este afirmou que preferia não comentar o assunto. A reportagem também tentou contato telefônico, na noite desta segunda, mas ninguém atendeu a ligação.
Antes do episódio, a Tribuna havia recebido denúncias dando conta de que havia um motim no Ceresp. Familiares de presos que tentaram visitar os parentes na cadeia afirmaram que ouviram barulhos, como bombas, dentro da unidade prisional e ainda relataram que as visitas haviam sido suspensas. Todavia, a Seds informou que, conforme a direção do Ceresp, não houve tumulto, as visitas não haviam sido suspensas e a unidade seguia sua rotina normal.