Falta de pessoal qualificado, infraestrutura e problemas com fornecedores são as principais dificuldades na implantação do novo sistema de gestão de distribuição dos insumos e medicamentos em Juiz de Fora. As lacunas apontadas foram constatadas pela Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores em reunião com representantes da Unihealth Logística Ltda., o subsecretário de Gestão da Saúde, Mariano Miranda, e os servidores designados para acompanhar e fiscalizar o contrato da Prefeitura com a empresa citada.
De acordo com o vereador Antônio Aguiar (PMDB), membro da Comissão de Saúde, o processo de compra é um ponto crucial para a estagnação do processo. “O que tem acontecido é que uma empresa ganha a licitação e na hora de entregar quer mudar o produto ou não entrega dentro do prazo.”
Das 63 unidades de atenção primária à saúde (Uaps) existentes em Juiz de Fora, o sistema foi instalado somente em oito. A demora para a implantação é devido a disponibilidade de funcionários treinados para operar o sistema e a problemas relativos à infraestrutura como internet e outros equipamentos, segundo Antônio Aguiar. O Prefeito Bruno Siqueira (PMDB) informou que novos profissionais devem ser contratados para essa função.
A assessoria do presidente da Comissão de Saúde, Wanderson Castelar (PT), contou que foi solicitado à Secretaria de Saúde o envio dos cronogramas e relatórios mensais sobre a Unihealth. Além disso, na próxima quarta-feira, a Comissão, juntamente com a Secretaria de Saúde e com representantes da Unihealth, irá realizar vistorias em Uaps cujo sistema já tenha sido implantado para verificar seu funcionamento.
Segundo Antônio Aguiar, nos locais onde o processo foi implementado “houve melhoras substanciais no fornecimento de insumos e medicamentos e no controle do processo de distribuição”. No entanto, conforme o vereador, “o sistema depende que a Secretaria de Saúde ofereça a garantia de manutenção do abastecimento de suplementos e de disponibilização dos recursos humanos”.