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Período de chuvas aumenta a preocupação sobre o estado das vias no Distrito Industrial

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A rotina de quem vive e trabalha no Distrito Industrial, localizado na Zona Norte de Juiz de Fora, é marcada por uma série de dificuldades que tende a se agravar com o início do período chuvoso. Os problemas são visíveis desde a entrada na localidade. O acúmulo de buracos na Avenida Antônio Simão Firjam começa no início da via e afeta também outras ruas. Com as chuvas, segundo funcionários e empresários, o nível da água sobe, causando engarrafamentos e, muitas vezes, impedindo o fluxo de carros, até que o escoamento ocorra.

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“Não é uma questão estética. Temos muitos caminhões passando carregados. Perdemos muito dinheiro. Estoura pneu, perdemos mercadoria, é um problema muito sério. A empresa que chega de fora para se instalar aqui vê as condições e desiste”, conta o empresário Felipe Kafuri. Ele reitera que o problema é um velho conhecido das indústrias fixadas na localidade. “Tem pontos em que água não escorre, ela invade a pista e impede o tráfego na avenida principal, que leva à Benfica, à Barreira e à BR-040. Já vivemos situações de a água atingir um metro, e o trânsito ficou completamente parado, até que a água baixasse.” Kafuri lembra que um projeto foi feito para realizar as obras de captação da água pluvial, mas que ele não foi para frente, porque faltavam recursos.

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Para tentar driblar a situação, muitas vezes, os empresários se unem para fazer pequenas intervenções, como escória da indústria siderúrgica para tapar os buracos, mas o paliativo não consegue dar conta da dimensão do problema. “O que isso acarreta de pior é que muita gente acaba não querendo vir para a cidade. Precisamos que o Poder Público tenha essa atenção com o Distrito Industrial, que ele tome as providências.”

Para o empresário Luiz Fernando Calixto, o investimento no Distrito Industrial é fundamental para que a cidade tenha condições de atrair mais indústrias. “As bocas de lobo ficam inundadas, os acessos bloqueados, temos engarrafamentos, funcionários assustados. Essa obra precisa acontecer. Espero que a Prefeitura consiga realizar essas melhorias, porque isso é muito prejudicial para as empresas.”

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Além dos problemas com o asfalto, que são crônicos, ele ressalta que seria importante dar uma atenção para a iluminação, além do reforço da segurança no espaço. “Cada um toma as suas precauções. Alguns contratam segurança privada para sobreviver, eu mesmo tive problema de invasão na empresa. Mas nós temos esperança de que essas melhorias vão acontecer”, afirma Calixto.

Conforme noticiado pela Tribuna, em fevereiro de 2021 o Distrito Industrial recebeu obras de recuperação asfáltica. No entanto, os benefícios da intervenção não são perenes, por conta do fluxo intenso de veículos pesados, necessário para o funcionamento das indústrias.

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Preocupação

Segundo a presidente da Associação de Empresas do Distrito Industrial (Assedi), Paula Pinto Machado Germano, a chegada do período chuvoso traz preocupação para os trabalhadores. “Estamos todos apavorados. Com a chuva, fica tudo uma lagoa, os ônibus não passam em frente às indústrias, os funcionários chegam atrasados, os caminhões que carregam e descarregam ficam com dificuldade para acessar as empresas.”

Para a presidente da instituição, é necessário que as obras ocorram o mais rápido possível. “Se fizer a drenagem e o asfalto, dificilmente vai piorar de novo, porque a água vai ter para onde escoar. Isso vai permitir que a gente tenha um Distrito bem estruturado, pavimentado, que vai chamar mais as indústrias, o que beneficia a todos, porque se formam parcerias que geram empregos, que contribuem para uma maior arrecadação no município.”

Segundo Paula, a localidade concentra mais de 80 indústrias, de modo que o pedido por melhorias se torna um apelo, para que o espaço seja mais receptivo e atrativo para investimentos futuros.

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Investimento em melhorias

Por meio de nota, a Prefeitura informou que, desde janeiro, o Gabinete de Ação e Diálogo Comunitário – através dos serviços de Secretaria de Obras, Empav, Demlurb e Cesama – realizou mais de 140 ações de zeladoria no Distrito Industrial, incluindo recomposição asfáltica das vias, melhorias na iluminação pública, desobstrução das bocas de lobo, limpeza urbana, roçada, capina, limpeza e desassoreamento do Córrego Humaitá.

O Município pontua que foram aplicados mais de R$ 2 milhões para recapeamento asfáltico em algumas vias da região, oriundos de recursos do Finisa voltados ao setor público. A PJF destaca que, para o investimento nas outras vias, que necessitam de obras de drenagem, neste momento, não há verbas para execução.

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“Essa região poderá ser beneficiada com obras caso seja aprovada a taxa da drenagem na Câmara Municipal, criada em razão do novo marco legal federal sobre saneamento básico, implementado pela Lei Federal 14.026, de 15 de julho de 2020. É por essa origem que será garantido o investimento em ações para reter enchentes, alagamentos, fazer a detenção ou vazão de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contemplando limpeza, manutenção e fiscalização preventiva e corretiva das redes pluviais”, detalhou na nota.

Além disso, o Executivo também destacou que as intervenções para a construção de muros de contenção no Córrego Humaitá está na contratação do projeto. As verbas, conforme a PJF, já estão garantidas após acordo da Vale com o Governo de Minas Gerais.

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