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127 alunos de JF conquistam medalhas nas Olimpíadas Brasileiras de Astronomia

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Estudantes de colégios públicos e particulares de Juiz de Fora se destacaram, recentemente, em competições nacionais e estaduais no campo da ciência. Foram medalhistas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) 127 alunos do ensino fundamental e médio. A competição distribuiu, em todo o Brasil, 50 mil medalhas de ouro, prata e bronze. Deste total, 57 ouros foram conquistados por estudantes de Juiz de Fora, 50 receberam prata, e outros 20 alunos ganharam o bronze. Os alunos do Clube de Robótica do Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF) também conquistaram o Bicampeonato Mineiro na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Este ano, ambas as provas foram feitas de forma virtual devido à pandemia de Covid-19.

Apenas dois alunos da rede municipal de ensino levaram medalha na OBA: Millena Xavier Martins e Henrique Marinho Duarte, ambos estudantes da EM Cosette de Alencar, conquistaram ouro. Henrique Marinho, de 15 anos está no 9º ano e já é a segunda vez que ganha uma medalha na Olimpíada. No ano passado, Henrique recebeu medalha de prata, mas, neste ano, atingiu a pontuação máxima na prova. A mãe Adriana acompanhou os estudos do filho e teve a alegria de ver todo esse esforço ser recompensado. “É gratificante ter um filho tão empenhado. A competição foi um incentivo da escola e professores, mas a maior parte dos estudos se deu por conta própria, principalmente no período de pandemia.” Com a conquista na prova deste ano, Henrique quer continuar participando das próximas competições. Para o futuro, ele não pensa em fazer astronomia, mas o sonho é seguir na área de ciências e matemática.

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Henrique Marinho, 15 anos, aluno da Escola Municipal Cosette de Alencar, conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas Brasileiras de Astronomia (OBA) (Foto: Fernando Priamo)

A medalha de ouro na OBA também foi conquistada por Arthur Aquino, de 12 anos, aluno do Colégio Academia. Desde pequeno, ele conta que é apaixonado por leitura e o incentivo da mãe e do pai o ajudou a adquirir gosto pelos estudos. No entanto, mesmo com todo o esforço e dedicação, ter recebido a medalha foi uma surpresa. “Eu esperava talvez ser premiado, mas não ganhar uma medalha de ouro. Eu fiquei bem feliz. Algumas questões foram um pouco difíceis, mas a maioria foi tranquila.”

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Aluno do Colégio Academia, Arthur Aquino, 12 anos, também levou a medalha de ouro na OBA (Foto: Fernando Priamo)

Tatiana Nogueira, mãe de Arthur, espera que essa vitória seja um pontapé inicial para as próximas conquistas do filho. Os dois sonham em conseguir uma bolsa de estudos fora do país, já que eles possuem cidadania brasileira e italiana. “O mérito é dele, mas a gente dá um empurrãozinho. Eu inscrevi o Arthur porque acredito na capacidade dele.”

Olimpíada de Robótica

Os alunos que participam do Clube de Robótica Colégio Militar de Juiz de Fora disputaram o campeonato Estadual de Minas Gerais na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na modalidade virtual simulação, e venceram a competição, conquistando o Bicampeonato Mineiro (2020/2021).

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A equipe é composta pelos discentes Gabriel de Souza Barros Fagundes, do 1º ano do ensino médio, e Caio Coelho Damaso e Gabriela dos Santos Rivero, ambos do 9º ano do ensino fundamental.

Os alunos Gabriel Fagundes, Gabriela Rivero e Caio Damaso (no centro), acompanhados dos professores do Clube de Robótica Colégio Militar de Juiz de Fora, conquistando o Bicampeonato Mineiro (2020/2021) da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na modalidade virtual simulação (Foto: Colégio Militar/Aquirvo)

Com a pandemia, as aulas e treinamentos passaram a ser a distância, por meio de videoconferência, com a orientação do professor Adolfo Gonçalves Filho, que é coordenador do Clube de Robótica, em colaboração com o professor Guilherme Marins.

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O próximo desafio é a Etapa Nacional Virtual – Modalidade Simulação, prevista para acontecer no período de 11 a 15 de outubro de 2021.

Incentivo à ciência

As provas da OBA e da OBR acontecem anualmente e têm como objetivo aumentar o interesse dos estudantes pela área da ciência. No caso da Olimpíada de Astronomia, as provas são realizadas em fase única e divididas em quatro níveis, de acordo com o ano escolar de cada estudante. O nível um é destinado aos alunos do ensino fundamental, matriculados do 1º ao 3º ano. O segundo nível é composto por alunos do ensino fundamental, que estão no 4º e 5º anos. Os alunos do 6º ao 9º ano fazem parte do terceiro nível, enquanto os alunos que estão em um dos três anos do ensino médio englobam o nível quatro e possuem uma hora a mais para realizar a prova.

As questões aplicadas em cada uma das provas são compatíveis com os conteúdos abordados pelos livros didáticos do ensino fundamental e médio e variam de acordo com o nível dos estudantes. A prova é constituída por sete perguntas de Astronomia e três de Astronáutica, possuindo assuntos relacionados ao Sistema Solar, movimentos da terra, constelações, foguetes e satélites, entre outros.

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Podem participar da OBA todos os estudantes dos níveis fundamental e médio do país. As inscrições dos alunos são ser feitas pelo professor ou diretamente pelo aluno na plataforma de aplicação de prova.
Já em relação aos procedimentos da OBR, podem participar alunos de 6 a 19 anos de escolas públicas e particulares do Brasil. As provas são gratuitas e contam com duas modalidades: prática e teórica.
As atividades normalmente são divididas em competições práticas, com o uso de robôs e as provas teóricas. No novo modelo, durante a pandemia, as competições práticas foram substituídas por um simulador virtual, e as provas tinham a opção de ser aplicadas de forma híbrida.

Esse evento ocorre desde 2007 e, atualmente, é considerado o maior evento de robótica da América Latina. O campeonato aborda temas tanto para os estudantes que não tiveram contato com o conteúdo de robótica quanto para quem estuda robótica educacional. O intuito é incentivar os jovens a ingressar nas carreiras científico-tecnológicas.

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