A febre pela captura de pokémons chegou a Juiz de Fora e fez a PM lançar um alerta a respeito dos cuidados que os fãs do aplicativo devem tomar quando forem utilizá-lo em espaços públicos. “A Polícia Militar se preocupa com todas as inovações que possam ocasionar impacto na questão da segurança. Neste sentido, certamente, este aplicativo requer cuidados, porque necessita que o jogo seja baixado em um smarthphone. Estes aparelhos possuem telas maiores e, geralmente, têm valor mais alto. Isto acarreta maior desejo pelo objeto, que é uma moeda de troca dentro do universo dos crimes, porque têm mais facilidade de venda”, ressalta o assessor de comunicação da 4ª RPM, major Marcellus Machado.
A corporação irá lançar cartazes para alertar a população sobre cautelas necessárias, quando o jogo for utilizado nas vias da cidade. “É bom lembrar que não achamos o jogo negativo, só alertamos que é preciso ter cuidado para usá-lo”, disse o oficial, advertindo que as pessoas devem fazer o bloqueio do aparelho, utilizando o número do PIN, já que quem andar expondo os telefones tem mais possibilidade de ser vítima de roubo e de furto.
O militar chama a atenção para outra questão. “Depois que pessoa baixa o jogo, ela fica entretida e acaba ficando alheia a tudo que acontece ao redor. A orientação é que, se for jogar, tenha a presença de um companheiro ao lado, para que possa fazer a observação do entorno. Já há casos de pessoas que estavam brincando e foi atropelada, outras subiram em árvores e não conseguiram descer, precisando de ajuda do Corpo de Bombeiros. Ao brincar, as pessoas devem ter a consciência de que, ao entrar em um imóvel atrás do Pokémon, ela pode cometer o crime de violação de domicílio”, enfatiza o assessor.
Aos pedestres, o aviso é para que tenha cuidado nas travessias. “Já para os motoristas, só o fato de falar ao telefone dirigindo já é um risco, imagina dirigir olhando para uma tela de celular. É uma conduta de alto risco e ainda cabe uma infração”, dispara o major.
Fãs no Parque Halfeld
Dezenas de jovens e aficionados pelo jogo foram ontem ao Parque Halfeld. O local foi ponto de encontro de um dos vários grupos criados no WhatsApp para reunir fãs do desenho em Juiz de Fora. O parque é disputado entre os jogadores, porque é onde existe um ginásio no Pokemon Go, onde os pokémons são treinados, além de um Pokestop, onde jogadores procuram pelos itens gratuitamente.
A estudante Ana Paula Noleto, 34 anos, levou o filho João Pedro Noleto, 8, para o Parque Halfeld. “O jogo é divertido, mas não pode misturar as coisas. Tem o horário de ele jogar e de estudar. E eu sempre o acompanho, e só vamos a lugares seguros e com movimento de outras pessoas jogando.”