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Após quase 3 anos, trânsito em trecho da José Lourenço será liberado na segunda

Trânsito em trecho da José Lourenço será liberado na segunda, após quase 3 anos interditado
Trecho foi interditado em agosto de 2021 e entrou em obras em 2023 (Foto: Felipe Couri)
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Atualizada às 9h59 de sexta-feira (5)

Em de agosto de 2021, o trecho de cerca de um quilômetro da Rua José Lourenço – no Bairro Borboleta – compreendido entre as ruas Tenente Paulo Maria Delage e Augusto Tielman foi interditado para o trânsito de veículos por tempo indeterminado. Dois anos depois, em setembro de 2023, foi anunciado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) o início das obras de contenção no local. Depois do período, nesta sexta-feira (5), a obra chega ao fim e, na próxima semana, os veículos poderão voltar a passar pelo local.

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O motivo da interdição foi o risco de deslizamentos de terra na região, identificados pela Defesa Civil na época. Como consequência, o trânsito de veículos – inclusive das linhas de ônibus que passavam pelo local – precisou ser alterado. Com a finalização das obras, o tráfego no local será liberado a partir da próxima segunda-feira (8), de acordo com a PJF.

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O valor da obra de contenção divulgado pela administração municipal foi de R$ 5.841.189. Somado a outras melhorias realizadas, que custaram cerca de R$ 1 milhão, o investimento total da Prefeitura foi de aproximadamente R$ 6,8 milhões. A Tribuna questionou o Executivo sobre o que fez o valor gasto ser maior que o divulgado à época do início das obras, que foi de R$ 4.890.853,82. Na manhã desta sexta (5), a PJF informou à Tribuna que a alteração no valor se deve a um aditivo feito no contrato, devido ao aumento da área construída.

População local comemora

Fechamento de trecho causou problema à população (Foto: Felipe Couri)

A reportagem da Tribuna esteve na região afetada pelas obras e coletou relatos de moradores sobre a finalização dos trabalhos, após quase três anos de interdição da rua. Efigênia de Paula, de 65 anos, mora imediatamente no trecho final das construções e elogiou o estado da rua. Ela diz ter gostado da diminuição de barulhos no local pelo impedimento da passagem de veículos, mas se mostrou preocupada com a situação do barranco em frente à sua residência.

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“Está muito perigoso. Se cair uma chuva mais forte, vai derrubar tudo. A obra ficou focada na parte mais para cima da rua, deveriam estendê-la. Além disso, os ônibus fizeram falta. Precisei pagar carros de aplicativo para chegar até a minha casa, para não precisar encarar a subida. No início das construções, também tive dificuldades com entregas, já que o trecho estava ruim e com a passagem impedida”, relata.

Ronan Luiz, de 32 anos, é sócio-proprietário de uma empresa localizada no trecho interditado. Ele tinha o lote desde antes do fechamento, mas começou a construir a sede de seu negócio durante o período. “Eu tinha a expectativa de que a rua abrisse mais rápido quando comecei a construir, mas acabou durando todo esse tempo”, afirma.

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“Aqui é uma rua movimentada, acesso para o São Pedro. Com o tempo e a volta da passagem de veículos, a tendência é conseguir mais serviços e demandas. Já precisei buscar pessoas, tanto na parte de baixo como de cima da rua, para trazer clientes, porque eles não conseguiam fazer esse trajeto. Com a finalização da contenção, a expectativa é de maior volume de interessados e visibilidade. O GPS também precisa ser atualizado, pois dificultava para nossos clientes.”

Outra questão levantada por Ronan é a acessibilidade para moradores, especialmente pessoas idosas. “Como o transporte público precisou desviar o trajeto, quem mora nesse trecho precisava atravessá-lo a pé, tanto na subida como na descida, para chegar ao ponto de ônibus na rua de baixo. É uma dificuldade”, reforça. A coleta de lixo (regular ou seletiva) também foi citada como problemática no período, já que deixou de ser realizada no trecho.

Trânsito em outra rua deve melhorar

Moradora cobra melhoria no asfaltamento de rua no Borboleta (Foto: Felipe Couri)

A Rua Tenente Paulo Maria Delage também sofreu com problemas de trânsito no período de interdição da José Lourenço. Com o fechamento do trecho, os congestionamentos se tornaram mais frequentes. Moradora do Bairro Borboleta há cerca de 50 anos, Olinda Maria Goretti, de 57, diz ter visto uma grande diferença após o início das obras.

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“Ficou infernal. Para sair da garagem é muito difícil. A inauguração vai ser importante para desafogar o congestionamento. Minha casa chega a tremer em horários de pico, de tanto trânsito”, conta.

Olinda explica que não teve tanta dificuldade com a impossibilidade de utilizar o trecho fechado, pois conseguia contornar pelo Morro do Alemão para chegar a outras localidades. “Além disso, acredito que nossa rua deveria ser asfaltada, assim como foram outras do bairro. Pagamos o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) assim como todos.”

A obra

O secretário de Obras, Lincoln Santos Lima, esclarece que foram utilizadas cerca de 90 metros de cortina atirantada, além de obras de pavimentação, instalação de guias de meio-fio e drenagem em alguns pontos.

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“Consideramos a obra de contenção uma entrega muito importante pela gestão, aliada à liberação do trânsito – que muito irá facilitar a vida dos moradores da Região Oeste da cidade, que poderão fazer seus trajetos para diversas áreas, inclusive por meio de transporte coletivo”, ressalta o secretário.

*Estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva

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