Ícone do site Tribuna de Minas

Morre colunista Eduardo Gomes: corpo será sepultado no Parque da Saudade

PUBLICIDADE

No campo da descrição em sua página do Facebook, o colunista social Eduardo Gomes, mantinha uma frase que diz muito sobre sua trajetória: “Um colunista social realizado”. Eduardo morreu de mal súbido, em Juiz de Fora, nesta segunda-feira (5), aos 68 anos. Ele foi encontrado no flat onde morava, no Centro de Juiz de Fora. Eduardo recebeu o título honorífico de cidadão benemérito de Juiz de Fora em 2004. Na época, o projeto foi apresentado pelo vereador Sebastião Ferreira. O velório de Eduardo acontece na capela 2 do Cemitério Parque da Saudade, desde às 16h desta segunda-feira (5). O sepultamento está previsto para as 10h30 desta terça-feira (6).

Conhecido pela dedicação ao trabalho e pela forma carinhosa como se aproximava das pessoas, Eduardo construiu uma relação muito atenta à rotina da cidade. Em sua trajetória, buscou, em todas as redações que passou, exaltar os talentos e as potencialidade das pessoas de Juiz de Fora.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

“Estou muito sentida com a perda do nosso querido colunista Eduardo Gomes, principalmente por ter sido de forma tão brusca. Mas com certeza ele deixou um legado muito importante para a nossa cidade. Nos deu muita alegria através do seu convívio e das suas colunas diárias. Sempre preocupado em escrever de forma positiva e agradável. É uma perda irreparável para toda a equipe do jornal ‘Diário Regional’ e para toda a cidade de Juiz de Fora”, diz, em nota, a presidente do Sistema Regional de Comunicação (Sircom), Jane Aragão.

“A partida dele é muito sentida. Ele cuidou da arte, da cultura, da vida, fez muita filantropia. Vamos sentir muito a sua falta. Ele sabe o quanto a gente o valorizava. O Eduardo amou muito a vida, não estava preparado para tantas coisas que estavam acontecendo. Era muito sentimental. É muito triste”, afirma o irmão de Eduardo, Marcílio Gomes.

PUBLICIDADE

Alegria era seu cartão de visitas

Uma das amigas mais próximas de Eduardo, Rose Oliveira relembra que a alegria era o cartão de visitas de Eduardo. “Vou lembrar do sorriso contagiante que ele sempre teve, da amizade, ele sempre estava animado demais, era muito alto astral. Uma pessoa de bem com a vida, muito parceiro.” Ela conta que ele tinha deixado os textos da próxima revista que planejava publicar prontos e ressalta a seriedade do colunista em seu ofício.

Eduardo tinha uma assinatura em seus textos e mensagens, ele passou pela TV Panorama, tinha o programa “Espaço Aberto” na TVE e, além da coluna no jornal “Diário Regional”, onde trabalhou por cerca de 30 anos, ele também atuava na RCW TV recentemente. Nas redes sociais de Eduardo, várias pessoas prestaram solidariedade e fizeram homenagens ao longo do dia.

PUBLICIDADE
Eduardo Gomes
recebe Cesar Romero
em um dos diversos eventos que promovia, sempre com alto astral e comprometimento (Foto: Arquivo Pessoal)

Para o colunista social da Tribuna, Cesar Romero, além de um colega, perdeu um amigo íntegro. “Tenho grande admiração pelo trabalho de colunismo que ele fazia em Juiz de Fora, tanto no impresso, como no digital e na televisão. Chegou a trabalhar comigo na Agência Nova Comunicação e estivemos muito próximos. Sempre teve distinção comigo em suas promoções.”

Cesar relembra as premiações promovidas por Eduardo, como o Troféu Vanguarda e o Prêmio Melhores do Ano, por meio do qual Cesar Romero foi homenageado em várias edições. “Era muito querido, todo mundo gostava muito dele. Promovia as pessoas, divulgava os eventos da cidade. Uma pessoa do bem, que sempre desempenhou o colunismo de maneira muito séria. O Eduardo tinha um estilo e fazia questão de agradar as pessoas no sentido de vê-las realizadas, felizes e, com isso, deixa sua marca no colunismo. Estamos de luto.”

Comprometido com o trabalho

A diretora executiva do Sircom, Flávia Aragão, conta que a positividade contagiante de Eduardo Gomes e o comprometimento dele com as pessoas e com o trabalho sempre serão lembrados. “Víamos a preocupação com as fotos, em não errar os nomes. Ele fazia questão de conferir tudo depois de diagramado. Sentia amor por fazer os eventos, a revista. Ele estava realizado mesmo, gostava do que fazia. Abraçava todos, várias causas, defendia do jeito dele. Fica muito marcada essa vontade forte que tinha de viver, de estar com pessoas que ele gostava.”

PUBLICIDADE

O fotógrafo da Tribuna, Fernando Priamo, também trabalhou com Eduardo Gomes e destacou que ele mantinha todos os esforços para que todas as pessoas saíssem em seu melhor ângulo em suas colunas. “É difícil encontrar pessoas cativantes como ele. Fazia questão de estar presente, com muito carinho, em todos os eventos aos quais era convidado. Vivia correndo para conseguir registrar tudo. É uma grande referência de trabalho e para a vida”.

Incentivo à filantropia e à arte

Eduardo Gomes era padrinho da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer). Pelas redes sociais, a Ascomcer registrou pesar pelo falecimento do colunista, destacando o quanto ele era alegre, prestativo, atento e sempre apoiava as ações e campanhas da instituição.

O jornalista Fernando Luiz Baldioti lembrou a importância que Eduardo Gomes tem para o samba em Juiz de Fora. “Ele era um apoiador nota dez do mundo do samba, da Liga das Escolas de Samba, sempre fazendo suas promoções. Estamos de luto. Perde o jornalismo, perde a sociedade, mas vamos em frente. Descanse em paz, meu amigo, você sempre foi 10 e, lógico, ao lado de Deus vai continuar sendo 10.”

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile