As obras de dois viadutos que integram a série de projetos viários para Juiz de Fora, anunciados em 2012, seguem em andamento mesmo nesse período de pandemia. Na Avenida Francisco Bernardino, Centro, as equipes trabalham na construção do Viaduto Três Poderes, que tem previsão de ser concluído no primeiro semestre de 2021. No Bairro Poço Rico, Zona Sudeste, as operações estão concentradas na execução do Viaduto Engenheiro Renato José Abramo. A expectativa da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), é de que essa obra seja entregue até o fim de 2020.
O objetivo, segundo a PJF, é melhorar a mobilidade urbana e desafogar o trânsito em pontos estratégicos da região central, como a Avenida Rio Branco. O investimento nas duas obras chega a R$ 24 milhões, provenientes do convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit ) e a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop).
Por enquanto, não há intervenções no fluxo de veículos nas duas regiões, enquanto as obras avançam, segundo as Secretarias de Obras e de Transporte e Trânsito (Settra). Na Avenida Francisco Bernardino, a pista foi diminuída e, em ambas, há tapumes que delimitam as áreas de trabalho.
Viaduto dos Três Poderes
A construção do Viaduto Três Poderes foi iniciada em dezembro de 2019 e tem custo estimado em R$ 12.718.022,24. A circulação sobre o equipamento deverá ser em mão única, no sentido Avenida Brasil. Na prática, os veículos vão acessar o viaduto pela Avenida Francisco Bernardino e sair na Ponte Wilson Coury Jabour Júnior.
O viaduto terá 380 metros de extensão. Segundo a Secretaria de Obras, a terra armada, que é uma das rampas de acesso à superestrutura, está concluída. Nessa semana, foi iniciado o serviço em frente ao prédio da Justiça Eleitoral, do outro lado da construção. Enquanto isso, foi concluída a fundação dos cinco blocos que sustentarão a pista de rolagem.
De acordo com o secretário de Obras, Amaury Couri, o serviço inclui a montagem dos blocos para a concretagem, a colocação dos pilares e travessas e a estrutura metálica. Também será feita a finalização com a laje do tabuleiro, espaço por onde os veículos vão trafegar. Ainda conforme Couri, é essa laje que vai interligar a terra armada dos dois lados, formando o viaduto.
Há ainda a intenção da construção de um outro viaduto na Rua Benjamin Constant que deve compor um binário com o Viaduto Três Poderes, que também é planejado para funcionar em mão única, no entanto, no sentido inverso.
Viaduto Engenheiro Renato José Abramo
A construção do Viaduto Engenheiro Renato José Abramo foi iniciada em 2016. Ela chegou a ser interrompida, por conta da necessidade de uma nova licitação para a fundação de terra armada e modificação do projeto dos acessos.
Essa fundação de terra precisou ocorrer por conta da inclusão de uma obra de drenagem na Rua Osório de Almeida, projetada para reduzir os problemas de alagamento na via. Em 2018, toda a estrutura do viaduto estava finalizada, de acordo com a Prefeitura, e faltava a construção dos acessos e acabamentos.
Esse equipamento tem como objetivo fazer a ligação entre as ruas Tenente Coronel Delfino Nonato, Romeu Arcuri e Osório de Almeida, em ambos os sentidos de circulação, transpondo a linha férrea. A estrutura tem ao todo 290 metros, sendo composta por quatro pistas, que funcionarão em mão dupla.
A equipe trabalha na construção de lajes de transição, que se ligarão à superestrutura, que já está finalizada. Ao final desse passo, será feita a pavimentação do viaduto. Ao mesmo tempo, uma rede de drenagem com 360 metros de extensão e 1,2 metro de diâmetro é feita para minimizar os problemas de alagamento na Osório de Almeida.
Em complemento, também serão feitos novos acessos e obras complementares para muros, passeios e meio-fio. Ainda de acordo com a Prefeitura, a construção terá iluminação em led, serviço que será executado pelo setor elétrico e de iluminação da PJF.
A ideia é que os condutores que vierem de regiões Norte e Leste, por exemplo, possam passar direto pela Avenida Brasil e sair no Bairro Poço Rico, em direção à Zona Sul, sem ter que passar pelas principais vias centrais.