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Ex-marido é condenado a dez anos de reclusão

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Atualizada às 23h30

Marcos André Canavellas Pereira foi condenado a dez anos de reclusão por homicídio qualificado e privilegiado. A sentença foi lida às 23h desta terça-feira (5) pelo juiz José Armando Pinheiro da Silveira, que presidiu o julgamento iniciado às 13h30. Marcos André matou a ex-mulher na frente das duas filhas, em dezembro de 2009. A vítima, Jomara Amaral Canavellas, foi assassinada com golpes de canivete no corredor de acesso à residência onde morava, na Avenida Olegário Maciel, no Bairro Paineiras, região central. O júri colocou fim a mais de cinco anos de espera por parte dos familiares de Jomara, que morreu aos 38 anos. Marcos, que respondeu a todo o processo em liberdade, foi condenado após nove horas e meia de julgamento.

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No início do júri, José Armando qualificou o caso como de grande repercussão na sociedade. Ao longo da sessão, foram ouvidas duas testemunhas, a irmã de Jomara e uma mulher que trabalhava como doméstica para o casal à época do fato, além do próprio réu, que atualmente mora no município de Uberlândia (MG). Ele confessou o crime e disse que já tinha sido usuário de cocaína e que havia feito uso de grande quantidade do entorpecente na noite que antecedeu o homicídio.

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Na frente do juiz, o acusado relatou que matou a mãe de suas filhas porque descobriu que ela o traía com um amigo do casal e que o estopim da desavença que resultou na morte de Jomara seria uma conta de telefone, na qual constavam ligações da mulher para o amante. Segundo o réu, no dia do crime, ele começou a agredi-la, questionando a respeito das ligações descobertas. A mulher então teria dito que realmente tinha outro relacionamento e que iria viajar para Cabo Frio (RJ), onde encontraria o namorado. Diante da confirmação, ele, que estava de posse de um canivete preso ao seu chaveiro, passou a desferi-lo contra a esposa.

Já a irmã da vítima, Denise Amaral, afirmou que o crime teria sido motivado porque Jomara queria se separar de Marcos, fato que ele não aceitava e que, por isso, vinha agredindo sua irmã. Denise também contou que a filha mais velha do casal chegou a presenciar o momento em que a mãe foi golpeada de canivete, sendo necessário passar por tratamento psicológico junto com a irmã mais nova.

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Antes da sentença de ontem, o julgamento do caso já havia sido adiado por quatro vezes, o que causava grande sentimento de impunidade entre os parentes da vítima. A família compareceu ao júri com camisetas com a foto de Jomara na qual estava a frase:”Nunca morre quem permanece na memória de quem vive.” Denise Amaral disse se sentir aliviada com a condenação do réu.

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