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Semana começa com nó no trânsito em JF

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Avenida Olegário Maciel registrou engarrafamento em quase toda a sua extensão no início da tarde (Foto: Marcelo Ribeiro)
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Quem saiu de carro pela cidade nesta segunda-feira (5) precisou de uma dose extra de paciência. Além da associação de chuvas contínuas com volta às aulas, outras situações contribuíram para que, por volta das 13h, um verdadeiro nó se formasse na área central. De acordo com a Settra, não houve registros de acidentes, embora possam ter ocorrido colisões pontuais sem vítimas, quando os agentes não são acionados. Mesmo assim, um fato chamou atenção no início da tarde, de acordo com o gerente do Departamento de Fiscalização da pasta, Paulo Peron Júnior. Um ônibus da linha 524 (São Mateus) fechou o cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua Oswaldo Aranha por sete minutos, conforme imagens das câmeras de monitoramento de trânsito. Não se sabe a causa da interrupção do motorista, mas é provável que esteja relacionado a alguma obstrução da rua que impedia a passagem do coletivo. Como efeito cascata, as avenidas Rio Branco, Itamar Franco, Olegário Maciel e Andradas, além das ruas Santo Antônio, Tiradentes e Barão de Cataguases ficaram com fluxo além do considerado normal. Houve reflexos ainda na Rua São Mateus, principal via do Bairro São Mateus, na Zona Sul. O caos na área central só foi reduzido depois das 14h, mas às 17h novas retenções voltaram a ser observadas, de acordo com informações do aplicativo Waze.

Quem circulou pela Rua São Mateus precisou de uma dose maior de paciência diante da retenção (Foto: Marcelo Ribeiro)

O problema do ônibus urbano não foi o único observado no início da tarde. No mesmo momento, quem descia do anel viário da UFJF em direção ao Bairro Cascatinha, na Zona Sul, ficou preso na descida da Curva do Lacet. Além do fluxo maior na Itamar Franco, reflexo do problema na Avenida Rio Branco com a Rua Oswaldo Aranha, um ônibus de fretamento estava quebrado na altura da entrada lateral do Independência Shopping. Das três pistas de descida, duas estavam obstruídas pelo veículo, causando um afunilamento pontual.

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Itamar Franco ficou com fluxo sobrecarregado após incidente com ônibus na esquina da Avenida Rio Branco com Rua Oswaldo Aranha (Foto: Marcelo Ribeiro)

Na semana passada, a Settra estimou aumento de aproximadamente 10% no número de veículos em circulação na cidade, em razão do fim das férias escolares de parte da rede privada e da rede municipal de ensino, na última quinta-feira (1º). Porém, esta foi a primeira segunda-feira do ano letivo, o que pode ter acarretado em movimento ainda maior. Segundo Peron, não era possível estimar o percentual de aumento do fluxo nesta segunda, pois era preciso aguardar o fim do dia para coletar os dados dos radares. Isso porque os equipamentos, além de fiscalizarem excesso de velocidade e, em alguns casos, avanço de semáforo, também fazem contagem volumétrica.

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Avenida dos Andrades ficou tomada pelos carros (Foto: Olavo Prazeres)

Operação especial

Para reduzir o impacto no trânsito nestes primeiros dias de aula, Peron afirma que todo o efetivo está nas ruas para uma operação especial. Além de agentes deslocados para a porta de algumas escolas, outros mais se posicionam em corredores de tráfego no entorno, para evitar as paradas irregularidades e orientar os motoristas, pois muitos podem estar se habituando a novas rotinas de deslocamentos. “Temos também os agentes que fazem ronda de moto, mas este é um serviço que deixamos de fazer nos dias chuvosos, por questões de segurança. Por isso, não sabemos dizer o que provocou a parada inesperada do ônibus (entre a Rio Branco e a Oswaldo Aranha), mas é fato que isso causou um efeito cascata refletindo em outras vias. Por azar, o fato ocorreu exatamente em um horário de pico.”

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Tempo deve continuar instável

As chuvas contínuas devem continuar na cidade e região pelo menos até a próxima quinta-feira (8). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), grande parte de Minas Gerais, o que inclui a Zona da Mata, está na influência da Zona de Convergência do Atlântico Sul. O sistema meteorológico, comum no verão, é o que cria uma corrente de umidade desde a Amazônia até o Sudeste brasileiro e, quando em atuação, favorece ao aumento da nebulosidade associado a um considerável volume de precipitações. Para se ter ideia, entre domingo (4) e o fim da tarde desta segunda-feira (5), o município contabilizou 64 milímetros de chuvas, resultado que corresponde a quase 30% do previsto para todo o mês de fevereiro. A Defesa Civil não registrou ocorrências consideradas de destaque.

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Nesta terça-feira (6), os termômetros devem registrar entre 15 e 20 graus em Juiz de Fora, e o céu permanece fechado. Nesta segunda, a mínima foi de 15, e a máxima não passou dos 20,2 graus. Esta foi a menor temperatura máxima identificada na cidade desde 16 de dezembro do ano passado, quando ainda era outono.

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