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Homenagens marcam velório de Marcelo na Câmara

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O corpo do jogador juiz-forano Marcelo, uma das vítimas da tragédia com o avião que levava o time da Chapecoense para a Colômbia na última terça, está sendo velado na Câmara Municipal. O corpo chegou a Juiz de Fora por volta das 2h30, trazido de uma funerária do Rio de Janeiro, onde desembarcou. Até por  volta das 9h30, o velório foi restrito a familiares e alguns amigos mais próximos. O vice-prefeito de Juiz de Fora, Sérgio Rodrigues (PMDB), esteve no local nas primeiras horas da manhã.

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No momento em que as portas da Câmara Municipal foram abertas, dezenas já se reuniam em fila do lado de fora. O primeiro a chegar, por volta das 7h, foi o motorista Sérgio Eduardo Nascimento, 30 anos. Ele disse que não era amigo do jogador ou dos familiares, mas se disse comovido com toda a situação, por ser amante do futebol. Logo atrás, estava a vendedora Kellyene Lutz, 26, amiga de Marcelo. “Deixa um vazio em todos nós. Ele era muito querido por todos e estava sempre preocupado com seus amigos. No fim do ano, estava sempre aqui. Participava de peladas e depois fazia confraternizações com amigos próximos e parentes. Vai deixar saudades.”

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O jogador juiz-forano Raphael Botti, ex-Vasco e Figueirense, também prestou suas homenagens. Embora não tenha conhecido Marcelo pessoalmente, tinha contato com algumas pessoas da Chapecoense, como o treinador Caio Júnior, que foi seu técnico no Japão. “Era amigo do Thiego também, jogamos no Figueirense. Eu não sabia que o Marcelo era de Juiz de Fora. Logo que soube, fiquei sensibilizado. Não esperávamos uma situação desta, como foi, muito triste. Nós que somos atletas nos colocamos no lugar destas pessoas, e até mesmo destes familiares. Inclusive, saindo de casa, eu falei com a minha esposa, eu joguei no Figueirense, né? Estava muito próximo, poderia ser eu jogando na Chapecoense, passar por uma situação dessa. Neste momento, para tentar amenizar um pouquinho a dor dos familiares, temos que acreditar que eles vão superar da melhor forma possível. Isso tem que ficar de lição pra gente, a vida tem que ter mais valor que as coisas materiais”, disse emocionado.

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Família
Entre os familiares, o clima era de consolo. A mãe do atleta, Margarida Mathias da Silva, disse que a semana foi de dor e poucas informações, mas as homenagens da população deram forças aos familiares. “Ele era um menino muito humilde, tinha muitas amizades, então a gente tem que agradecer a Deus por colocar estas pessoas no caminho da gente, que estão dando todo o apoio. Isso nos dá uma força muito grande. Durante a semana, as pessoas ligando, indo em casa, querendo saber como estamos. Só Deus sabe como passamos esta semana.”

O pai dele, Paulo Manoel da Silva, que estava em Chapecó (SC) acompanhando os trâmites burocráticos para a liberação do corpo, ainda não está em Juiz de Fora. Por causa de fortes chuvas, ele não conseguiu fazer a conexão em Curitiba (PR) em direção ao Rio de Janeiro. A expectativa é que chegue à cidade apenas depois das 16h. Segundo o tio de Marcelo, Manoel Félix, o velório deve terminar na Câmara Municipal às 16h. Depois, seguirá em cortejo do Corpo de Bombeiros até o Cemitério Municipal.

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