A Polícia Militar desmantelou um esquema de venda de entorpecentes que funcionava na região central de Juiz de Fora por meio de disque-entrega. Um homem, de 57 anos, foi preso na tarde de terça-feira (3) por suspeita de comandar as vendas de entorpecentes, que eram feitas por telefone ou por aplicativo de mensagem. Em seu apartamento, no Bairro Granbery, os militares apreenderam grande quantidade de maconha que estava embalado a vácuo para disfarçar seu cheiro característico e não levantar suspeitas dos vizinhos do imóvel.
Segundo a PM, os policiais receberam a informação que o homem estaria vendendo drogas nas região. Para comprovar o fato, foi montada uma operação. De acordo com o tenente da 28ª Companhia Tático Móvel Douglas Oliveira, a princípio, a suspeita é que o preso vendia as drogas apenas para clientes já conhecidos ou pessoas indicadas por conhecidos. Ele usaria o imóvel na Rua Espírito Santo apenas para guardar as drogas.
“Apesar da grande quantidade de droga apreendida, não era uma boca de fumo que vendia droga para qualquer um. Ele tinha os compradores selecionados, que faziam contato por ligação ou mensagem fazendo a encomenda. Eles combinavam um local de entrega sempre em um ponto movimentado. Por exemplo, em frente a Escola Central, ou perto de bares, para parecer um encontro casual e não levantar suspeitas”, explicou.
O suspeito, conforme a PM, foi abordado quando estava indo fazer uma negociação. Com ele foram apreendidos quatro papelotes de cocaína. Em continuidade à ação, os policiais seguiram para seu apartamento, onde foram apreendidas 67 barras de maconha, 43 tabletes e 26 porções da substância, quatro papelotes de cocaína, duas balanças de precisão, uma máquina de embalagem a vácuo, um facão, um telefone celular, R$ 95 em dinheiro e anotações sobre o movimento de tráfico de drogas.
Segundo o tenente Douglas Oliveira, a localização do imóvel era estratégica para facilitar as entregas, que eram feitas a pé. “Além de, a princípio, ele não fazer a venda no apartamento, ele fracionava e embalava a maconha a vácuo para que os vizinhos não sentissem cheiro e desconfiassem da ação criminosa”, finalizou. Ainda não se sabe qual a origem da droga. O suspeito foi preso e levado para a delegacia.