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Três réus recebem penas entre 19 e 22 anos por homicídios ligados a rixas

Motociclista é morto por tiros
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Um jovem e dois irmãos receberam penas entre 19 e 22 anos de prisão ao serem condenados, separadamente, por dois assassinatos ocorridos em 2017 em Juiz de Fora. Ambos os crimes teriam sido motivados por rixas entre gangues e foram executados com armas de fogo em plena luz do dia. Os dois julgamentos aconteceram na terça-feira (3) e foram presididos pelo juiz e diretor do Fórum Benjamin Colucci, Paulo Tristão. Os réus estão presos e podem recorrer das decisões junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

No fim da manhã, Alexandre Vitor de Oliveira, 19, foi sentenciado a 18 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio qualificado, por motivo torpe e mediante meio que dificultou ou tornou impossível a defesa de Ailton Silva Duque de Oliveira, 18. Ele foi morto a tiros no dia 22 de novembro do ano passado em Benfica, Zona Norte. Com os mesmos qualificadores, os irmãos Malone Vinícius Rufino, 27, e Henrique Rufino de Oliveira, 21, foram condenados pelo homicídio de Carlos Eduardo Barbosa da Silva, 21, ocorrido no dia 21 de junho de 2017, na Vila Olavo Costa, Zona Sudeste.

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Somadas as condenações por corrupção de menores, Malone teve pena afixada em 22 anos e oito meses de reclusão. Também em regime inicialmente fechado, Henrique recebeu sentença de 19 anos, devido às atenuantes da menoridade de 21 anos à época dos fatos e da confissão do delito.

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Os crimes

Alexandre foi acusado de ter efetuado os disparos que causaram a morte de Ailton na Rua Henrique Dias. Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu estava acompanhado de um amigo e pegou um ônibus no Bairro Vila Esperança I, enquanto a vítima embarcou no mesmo coletivo em Benfica. Ao avistar o desafeto no interior do veículo, Ailton pediu ao motorista para descer, mas foi perseguido e surpreendido por disparos quando já estava fora do ônibus.

Para o Ministério Público (MP), o réu agiu por motivo torpe, “como vingança pelas desavenças relativas às brigas de gangues entre os bairros Vila Esperança I, onde morava, e o Vila Esperança II, onde residia Ailton”. Ainda conforme a denúncia, a vítima teve sua defesa impossibilitada ao ser surpreendida pelos tiros em via pública e ser atingida pelas costas, mesmo caída no chão.

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Apesar de não possuir antecedentes, o condenado não recebeu o direito de recorrer em liberdade porque, segundo a sentença, “sua conduta social é desabonadora”. Com base nas declarações de testemunhas, incluindo uma velada, foi destacado que Alexandre “tem envolvimento em outros delitos, era visto portando arma de fogo, efetuando disparos no bairro, e é temido na comunidade em que vive”. Além disso “sua ação criminosa teve início dentro de um ônibus, acarretando perigo para outros indivíduos, causando perplexidade e indignação”. Ainda de acordo com a sentença do juiz Paulo Tristão, as consequências foram graves, considerando que Ailton era filho único, e sua morte causou “intenso sofrimento” à sua mãe.

Tiros na cabeça

Já Carlos Eduardo foi morto a tiros na Rua Hortogamini dos Reis, na Vila Olavo Costa, e teria sofrido, pelo menos, quatro perfurações na cabeça. Na época, a namorada da vítima, 21, relatou à PM que estava conversando com o companheiro, quando dois homens pularam o muro da residência onde estava o casal e abriram fogo contra o rapaz.

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Segundo a denúncia do MP, Henrique, a mando de Malone, atirou contra Carlos Eduardo por motivo torpe, devido aos desentendimentos que tinha com ele e seus amigos. Conforme a acusação, a vítima teve sua defesa impossibilitada ao ser surpreendida pelos disparos quando conversava no quintal da casa de sua companheira.

A dupla condenada também não teve o direito de recorrer em liberdade. Citando relatos de testemunhas e imagens extraídas de redes sociais, o juiz destacou que os réus “são temidos na Olavo Costa, ostentam armas de fogo e intimidam moradores”.

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