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Suspeito confessa homicídio de policial e revela pacto satânico

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Atualizada às 20h06

Além do suspeito pelo homicídio, outro homem foi preso por suspeita de receptação (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O homem de 26 anos preso no último sábado (2) pelo cruel assassinato do policial civil Roberto Carlos Maciel, 49, confessou o crime, que está sendo tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). Crisjonny Ferreira da Silva está no Ceresp, à disposição da Justiça, e o inquérito deverá ser concluído em até 30 dias. De acordo com a delegada regional, Patrícia Ribeiro, a vítima e o suspeito eram amigos e se conheciam há três meses. Na ocasião do homicídio, ocorrido entre a noite do dia 27 e a madrugada de 28, cerca de quatro dias antes de o cadáver ser encontrado já em avançado estado de decomposição, os dois chegaram ao apartamento do investigador no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste. Em depoimento, o assassino confesso disse ter ido até a cozinha e pego uma faca. Crisjonny admitiu ter desferido o primeiro golpe contra o policial, mas alegou não se recordar mais do que aconteceu na sequência. O suspeito também afirmou não se lembrar de ter deixado a mensagem “Lúcifer sete fadas”, escrita com sangue na parede, mas revelou que na adolescência “fez um pacto satânico e entregou a vida ao diabo”. Após o crime, ele subtraiu objetos da casa de Roberto, incluindo a arma dele, e fugiu no carro do investigador.

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Ainda segundo a delegada regional, o suspeito tem passagens pela polícia por outros delitos como roubo, furto, apropriação indébita e comunicação falsa de crime. O homem também confessou autoria de outro homicídio, ocorrido no Bairro Vila Esperança, na Zona Norte. O homem foi capturado cerca de sete horas após a descoberta do assassinato, por uma força-tarefa montada por policiais civis, que ficaram chocados com a morte brutal do colega. O suspeito foi encontrado em um supermercado de Barbacena e estava com o Ford Fiesta branco roubado da vítima. Já a arma de fogo levada de Roberto, junto com outros objetos, foi recuperada no Bairro Furtado de Menezes, Zona Sudeste. Um homem de 29 anos foi preso pela receptação do armamento e também conduzido ao Ceresp.

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Os dois envolvidos foram apresentados pela Polícia Civil no domingo. Por meio da assessoria de comunicação, o chefe do 4º Departamento, delegado Eurico da Cunha Neto, disse que o sentimento é de muita tristeza, mas misturado com um grande orgulho: “Temos policiais competentes, homens e mulheres que trabalharam de forma incansável para colocar esses criminosos na cadeia”. Ele garantiu que a Polícia Civil continuará trabalhando de forma enérgica. “Os criminosos têm que ter a noção de que aqui eles vão pagar. A Polícia Civil vai trabalhar de forma incansável até que eles sejam presos e respondam pelos seus atos”, enfatizou.

 

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Mulher é presa com celular da vítima

Nesta segunda-feira, uma mulher de 45 anos, mãe do homem de 29 anos preso pela receptação da arma do policial, foi capturada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos de posse do celular de Roberto Carlos. Conforme o delegado Rafael Gomes, o telefone do policial estava sendo monitorado, resultando na prisão da mulher. Ela foi capturada na delegacia de Santa Terezinha, quando estava no local para solicitar uma restituição de valores e de um notebook que foram apreendidos na casa do filho, quando ele foi preso. Ela foi abordada e, na bolsa dela, os policiais localizaram o celular da vítima.

A mulher foi presa em flagrante pelo crime de receptação, sendo arbitrada uma fiança no valor de R$ 4 mil. Ainda segundo o delegado, o celular de Roberto Carlos havia sido formatado, impedindo que ligações entre o policial e o autor do crime fossem rastreadas.

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Com quase 30 anos de carreira, o policial Roberto Carlos era querido pelos colegas e estava perto de poder se aposentar. Ele estava de licença médica quando foi morto no apartamento em que morava, na Rua Daniel Martinho Ribeiro, a poucos metros da instituição onde trabalhava. O corpo foi localizado após vizinhos sentiram forte odor.

A vítima foi golpeada pelo menos 20 vezes por um objeto perfurante, provavelmente uma faca, e apresentava outras duas lesões ocasionadas por uma arma de fogo. Duas cápsulas de revólver calibre 38 foram apreendidas no local. O investigador exerceu diversas atividades na 1ª Delegacia Regional. Ele tinha passagens pelas delegacias de Mulheres e Especializada Antidrogas. Roberto foi sepultado domingo no Parque da Saudade. Ele deixou uma filha.

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