A partir do segundo semestre de 2025, o Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, receberá um hangar voltado prioritariamente para atendimento de voos pré-hospitalares. O espaço será destinado a Companhia Especial de Operações Aéreas (CEOA) e terá capacidade para abrigar até cinco aeronaves, sendo uma delas um helicóptero EC145 T2, um dos melhores para resgate aéreo de saúde, podendo transportar até dois pacientes simultaneamente.
A estrutura será sede do Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV) que já deve ser instalado, de forma provisória, no início do ano que vem, com aparelhagem e treinamento da equipe. A iniciativa é fruto de uma parceria entre Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste– Samu 192) e Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Centro Sul (Cisru).
Em coletiva na 4ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), na tarde desta terça-feira (4), o coronel Winderson Alain Moura do CBMMG repassou detalhes do projeto, orçado em R$ 4.656.739,49.
Capacidade de atendimento ampliada
Para a instalação do hangar no Serrinha será preciso demolir uma estrutura já existente no aeroporto e construir um novo galpão. Uma licitação deve ser lançada nos próximos meses para escolher a empresa responsável por essa construção. Conforme explica o coronel Winderson, a planta baixa da companhia foi desenvolvida para atender prioritariamente o SAAV, mas possui “plena capacidade” para responder todo o portfólio institucional. “Aí a gente fala de salvamento, socorro e combate a incêndios florestais, através do suporte aéreo.”
Além do helicóptero EC145 T2, que tem previsão de chegada no início do ano que vem, os militares também devem receber uma outra aeronave denominada Koala para compor a frota do CEOA. Hoje, conforme o coronel, no que diz respeito aos atendimento de voos pré-hospitalares, Juiz de Fora recebe apoio da Companhia Especial de Belo Horizonte ou da unidade mais próxima que fica em Varginha.
Com a instalação da sede na cidade, 193 municípios atendidos pelas regionais de saúde serão beneficiados, totalizando três milhões de habitantes. Somado a aquisição das aeronaves, também virá para Juiz de Fora uma tripulação de dez pessoas focadas no atendimento à Zona da Mata e cidades da região.
O valor superior a R$ 4 milhões será pago pelos municípios das macrorregiões Sudeste e Leste do Sul de Minas Gerais, além dos 51 municípios consorciados ao Cisru. Esse pagamento ocorrerá de forma proporcional, no valor de R$ 1,53 por habitante.
Espaço aprovado
No fim de maio, o espaço no Aeroporto da Serrinha foi aprovado pela comandante do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Karla Lessa Alvarenga Leal. A visita foi acompanhada pelo coordenador regional das Promotorias de Defesa da Saúde da Macrorregião Sudeste, Rodrigo Barros, pelo comandante do Terceiro Comando Operacional de Bombeiros, coronel Winderson Alain de Moura, pelo secretário executivo do Samu, Denys Arantes Carvalho, e pelo diretor técnico do Cisdeste, Homero Calderaro.
“Nos reunimos para verificar as adequações provisórias para receber o serviço, previsto para início de 2025, para que a gente comece a operar, efetivamente, com a segurança necessária e prestando um serviço de qualidade para a população”, observou a tenente-coronel Karla, na ocasião.