Levantamento do grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), prevê que o número de casos confirmados de Covid-19 no município chegue a 754 no próximo dia 8, considerando os intervalos de previsão. A análise estima, ainda, que em 16 de junho serão 874 confirmações da doença. Os dados constam no quarto boletim semanal, concluído pelo grupo nesta quarta-feira (3).
O documento reiterou, portanto, o cenário epidemiológico já evidenciado nos levantamentos anteriores: apesar de em menor velocidade, a curva de casos confirmados da Covid-19 continua em crescimento na cidade, enquanto a adesão de isolamento social pela população segue em queda. O primeiro documento, divulgado no dia 12 de maio, apresentou taxa de crescimento no número de confirmações de 8% ao dia. No segundo, de 19 de maio, este número havia caído para 4,2%; o terceiro, do dia 26 de maio, apresentou uma taxa de 3,8%. O levantamento mais atual mostra uma taxa de crescimento de 2,8%. Os dados coletados pelo boletim são referentes à última semana, com informações atualizadas até segunda-feira, dia 1° de junho.
“Verificamos uma queda na velocidade da curva de, praticamente, um ponto percentual, mas isso não refletiu uma mudança nas previsões (de número de casos)”, explica um dos autores do estudo, o pesquisador Fernando Colugnati. Conforme Colugnati, os números sugerem que a epidemia segue o mesmo curso apresentado pelo boletim anterior. “Não há muitas novidades nesta semana, além do reajuste das previsões, que, no entanto, não diferem das anteriores em termos dos intervalos de predição apresentados, que representam as incertezas nas estimativas”.
Isolamento social
Ainda conforme o estudo, a taxa de adesão ao isolamento social continua em queda. Essa circunstância é verificada desde 15 de abril até 25 de maio. Em contraponto, observa-se o crescimento das confirmações diárias da Covid-19. “Continua subindo o número de casos e continua caindo o índice de isolamento”, alerta o pesquisador.
Para medir essa taxa de isolamento social, os pesquisadores utilizam indicadores disponibilizados pelo uso de telefones celulares, de modo agregado e sem a identificação dos usuários. De acordo com o grupo, o indicador notifica o percentual de celulares que não saíram de casa.