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Fevereiro roxo: mês alerta para conscientização sobre fibromialgia, alzheimer e lúpus

Fevereiro roxo Pexels
Tratamento precoce e constante é importante para melhorar as condições de vida dos pacientes (foto: Pexels)
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Com o objetivo de conscientizar a população sobre a identificação nos estágios iniciais, celebra-se, neste mês, o Fevereiro Roxo, que traz um olhar para a fibromialgia, o alzheimer e o lúpus. Criada em 2014 em Uberlândia e com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”, a campanha busca informar a população sobre as enfermidades, a fim de buscar um tratamento precoce para melhorar as condições de vida dos pacientes, considerando que, apesar das diferenças de sintomas e consequências, as três doenças não têm cura. Diante do diagnóstico de uma doença crônica, caracterizada pela progressão lenta e por uma longa duração, o cuidado psicológico é fundamental para o tratamento e aceitação da condição, conforme destacam especialistas.

De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS), o lúpus é caracterizado como um distúrbio crônico que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para manter o organismo em pleno funcionamento. Com isso, esses anticorpos em excesso passam a atacar o próprio organismo, o que causa inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações. A forma mais séria da doença é o lúpus sistêmico. Esta também é a mais comum, afetando aproximadamente 70% dos pacientes com lúpus. Ainda conforme o MS, a cada dez pacientes, nove são mulheres, e nela, a doença possui risco mais elevado durante a idade fértil.

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A fibromialgia ataca especificamente as articulações, resultando em dores por todo o corpo, especialmente nos músculos e tendões. De acordo com o órgão federal, a síndrome também provoca cansaço excessivo, alterações no sono, ansiedade e depressão. Ainda não há informações que expliquem o motivo pelo qual as pessoas desenvolvem a doença. Entretanto, ela pode se manifestar após eventos graves como trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. Sete em cada dez pacientes são mulheres.

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Já o alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. A doença também interfere no comportamento e personalidade da pessoa, com consequências como a perda de memória com o passar do tempo. Conforme o MS, o alzheimer é a causa mais comum de demência. Dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) indicam que, no Brasil, 6% da população com idades acima de 60 anos têm alzheimer.

Cuidados emocionais

O diagnóstico de uma doença crônica como fibromialgia, alzheimer e lúpus traz desafios que vão além dos sintomas físicos, envolvendo também o psicológico. Aspectos como emoções e pensamentos acabam tendo influência no processo da dor, por exemplo, atuando na intensidade e até mesmo no tratamento, de acordo com a psicóloga Karine Lopes. Isso porque a forma que a pessoa pensa sobre seu quadro gera outras emoções. “Por exemplo, a gente sabe que, na ansiedade, a hipervigilância tende a aumentar, podendo, com isso, aumentar a intensidade da dor”, explica.

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Por conta disso, o processo de aceitação da doença é necessário, considerando também que os sentimentos refletem, por sua vez, no comportamento dos pacientes. Uma mudança no comportamento pode comprometer outros aspectos do bem-estar e da saúde mental, resultando em distúrbio do sono, perda de apetite, dependência de medicação, depressão, ansiedade, fadiga, frustração, entre outros, de acordo com a psicóloga.

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